Metalurgia: Trabalhadores rejeitam proposta patronal e aprovam greves

Num primeiro momento, os presidentes do sindicato e da Federação dos Metalúrgicos, Lirio Segalla e Jairo Carneiro, fizeram uma análise da atual conjuntura de mobilizações populares no país, entendendo-as como positivas pelas conquistas alcançadas. Para eles, os jovens mostraram a todos que há outros caminhos para se construir a luta e que, para se conquistar avanços, temos também que partir para a luta.
Num segundo momento, o secretário-geral do sindicato, Rafael Moretto, expôs a seguinte proposta patronal para análise: 7,5% de reajuste sobre os salários de maio, completando 8,5% em novembro, 0% no piso da categoria e alguns poucos avanços nas cláusulas sociais, como o voto secreto e o consequente fim das listas para aprovação de acordos específicos nas fábricas. A proposta salarial foi considerada muito inferior à reivindicação original (10% de reajuste e piso da categoria 10% acima do piso regional do RS) e distante dos 9,5% de reajuste salarial conquistado pelos trabalhadores dos setores de Máquinas Agrícolas e da Reparação de Veículos, motivo pelo qual foi rejeitada por unanimidade.
“Embora a gente esteja num grau de organização muito grande, ao propor este reajuste rebaixado os patrões estão duvidando de nossa capacidade de mobilização. Por isso, temos que dar a resposta a eles e iniciar inúmeras greves na categoria”, propôs o presidente Lírio. A proposta foi aclamada por todos.