Mesmo Com Concordata, Gm Confirma Investimento No Brasil

Hoje, em São Caetano do Sul, sede da General Motors do Brasil, o presidente da divisão nacional e do Mercosul, Jaime Ardilla, confirmou que a empresa prepara o anúncio de um investimento adicional de US$ 1 bilhão no Brasil.

Mesmo com a concordata, Ardilla explicou que US$ 1,5 bilhão já haviam sido anunciados e aprovados no Brasil - a maior parte para o lançamento da linha Viva, que começa a ser produzida na Argentina mas terá também fabricação nacional.

Em entrevista convocada para explicar que as operações da GM no Brasil são e ficarão cada vez mais autônomas em relação à matriz, Ardilla afirmou que nos próximos cinco anos, a unidade brasileira não deve receber nem fornecer recursos à americana, que passará ao controle do governo dos Estados Unidos.

Durante a conversa com jornalistas, o presidente da divisão nacional e do Mercosul confirmou que a unidade brasileira será um dos principais ativos da "nova" GM, a empresa menor e mais eficiente que deve dar continuidade à produção das marcas Chevrolet, Cadillac, GMC e Buick, enquanto a "velha" GM ficará com as marcas que serão extintas ou vendidas - Saab, Saturn, Hummer e Pontiac.

Para demonstrar a capacidade da GM do Brasil de se autossustentar nos próximos anos, Ardilla citou a venda de tecnologia brasileira - carros flex e compactos - para outras subsidiárias, que rendeu à unidade brasileira US$ 430 milhões nos últimos três anos - dos quais US$ 165 milhões no ano passado.

— Isso é receita para a GM — ressaltou o presidente da GMB.

Ardilla também destacou que as vendas do setor automotivo nos primeiros cinco meses deste ano estão quase exatamente iguais às do mesmo período do ano passado. A marca Chevrolet colocou no mercado ao redor de 47,8 mil em maio, o que a direção nacional considerou "muito satisfatório". Por isso, o presidente voltou a afirmar que não há planos de venda da unidade brasileira:

— Nunca pensamos em vender a GMB e não vejo planos de futuro para isso, simplesmente porque a operação brasileira é muito atrativa e faz parte dos planos de futuro da GM mundial — destacou Ardilla.

Outra preocupação dos executivos da GM foi tranquilizar os clientes diante da divisão da matriz americana:

— Não muda nada para o consumidor. Não planejamos tirar nenhum modelo de linha.


Fonte: ZH

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