Insatisfação nas mesas de negociações mantém metalúrgicos mobilizados
A Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande do Sul mantém a mobilização em busca de melhores salários e condições de trabalho. As mesas de negociações realizadas até agora não mostram nenhuma vontade dos sindicatos patronais em avançar nas propostas.
Em Canoas, na reunião realizada em 12 de junho, os patrões reafirmaram que naquela ocasião não tinham autonomia para avançar na proposta de 5,88%. Além disso, não apresentaram nenhuma contraproposta para os pisos salariais. A próxima reunião é na terça-feira, dia 19, para a qual o sindicato patronal firmou o compromisso de apresentar um novo patamar de negociação.
Em Porto Alegre, os metalúrgicos suspenderam a negociação na última reunião, também no dia 13 de junho, depois que o sindicato patronal propôs reajuste de 6,5% retroativo a maio e 7% em novembro. A proposta de piso é de R$ 770 agora e de R$ 830 em janeiro – levando em consideração o piso regional –, o que não foi acatado pelos patrões. Eles propuseram R$ 763,40 (9,12% de aumento no piso) e 6,54% para cotistas do Senai.
Na Reparação de Veículos, o sindicato patronal garantiu aos trabalhadores a proteção contra o gatilho do piso regional, mas não passou dos 7,5% de reajuste. Está em negociação também a inclusão de mais dirigentes sindicais com estabilidade. Os trabalhadores esperam avançar na proposta na reunião da próxima semana.
A mesa de Máquinas Agrícolas teve como proposta dos patrões R$ 773,39 de piso salarial e 6,45% de aumento geral. A contraproposta dos trabalhadores é 8,5% de aumento e piso de R$ 790. Além do reajuste, os patrões ofereceram 50% do salário mínimo como ajuda de custo aos estudantes, mas os metalúrgicos querem fixar esse custo a 50% do piso da categoria. Está em discussão também o adicional noturno – a reivindicação é de 40% – e as câmaras de vigilância, que servem para a inspeção do trabalhador em vez do patrimônio.
Na próxima semana, serão realizadas novas rodadas de negociação. Mas até que os sindicatos patronais alinhem uma proposta satisfatória para os trabalhadores, continuam as mobilizações nas portas de fábrica em todo o Estado!
Fonte: FTMRS