Fabricantes Projetam Que 2010 Será Melhor Ano Para Máquinas Agrícolas

A exportação, segundo Pallaro, é o maior problema do segmento e traz dois desafios: a recuperação dos mercados externos que não têm apresentado o mesmo desempenho do Brasil - que ainda está negativo com relação ao ano passado, mas em queda menor - e o câmbio, que é o principal fator para gerar competitividade.
Gilberto Zago, vice-presidente de máquinas agrícolas da Anfavea, confirma as perdas nas vendas externas deste ano, principalmente pela queda acentuada das vendas para o principal comprador das máquinas brasileiras, a Argentina, que teve ao longo de 2009 diversos gargalos na produção agrícola, como a seca. Segundo Zago lá deixaram de produzir 10 milhões de toneladas de soja este ano.
A expectativa, porém, para este último trimestre e para o ano que vem, é positiva. Para 2010, ano eleitoral, Pallaro acredita na renovação dos programas de incentivo, como a redução dos juros de financiamento de máquinas pesadas para 4,5%, que vigora até dezembro.
Para Zago "a recuperação será lenta mas seguramente 2010 será melhor do que 2009". Ele aponta alguns motivos que devem ajudar o setor a crescer no ano que vem: a demanda sempre crescente por alimentos no mundo, o que incentiva a alta da produção das principais commodities que o Brasil exporta, como soja, açúcar, milho, carne bovina e frango, somada à segunda maior safra de grãos que o País deve ter este ano, além da retomada gradativa de mercados da América Latina:
"São fundamentos muitos consistentes para o crescimento que sustentam a retomada para o ano que vem".
Fonte: CNM CUT