Fabricantes Projetam Que 2010 Será Melhor Ano Para Máquinas Agrícolas

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Fabricantes Projetam Que 2010 Será Melhor Ano Para Máquinas Agrícolas
O segmento de máquinas agrícolas espera terminar bem 2009, ano que "não será tão ruim" na avaliação de representantes do setor durante o Congresso AutoData Perspectivas 2010, realizado na terça-feira, 13. No ano da crise o segmento não sofreu tanto com seus efeitos, de acordo com análise dos participantes do painel. Para o vice-presidente da New Holland Agrícola, Francesco Pallaro, a diferença do balanço do mercado interno de 2008 e 2009 será quase nula: "Perderemos apenas nas exportações".

A exportação, segundo Pallaro, é o maior problema do segmento e traz dois desafios: a recuperação dos mercados externos que não têm apresentado o mesmo desempenho do Brasil - que ainda está negativo com relação ao ano passado, mas em queda menor - e o câmbio, que é o principal fator para gerar competitividade.

Gilberto Zago, vice-presidente de máquinas agrícolas da Anfavea, confirma as perdas nas vendas externas deste ano, principalmente pela queda acentuada das vendas para o principal comprador das máquinas brasileiras, a Argentina, que teve ao longo de 2009 diversos gargalos na produção agrícola, como a seca. Segundo Zago lá deixaram de produzir 10 milhões de toneladas de soja este ano.

A expectativa, porém, para este último trimestre e para o ano que vem, é positiva. Para 2010, ano eleitoral, Pallaro acredita na renovação dos programas de incentivo, como a redução dos juros de financiamento de máquinas pesadas para 4,5%, que vigora até dezembro.

Para Zago "a recuperação será lenta mas seguramente 2010 será melhor do que 2009". Ele aponta alguns motivos que devem ajudar o setor a crescer no ano que vem: a demanda sempre crescente por alimentos no mundo, o que incentiva a alta da produção das principais commodities que o Brasil exporta, como soja, açúcar, milho, carne bovina e frango, somada à segunda maior safra de grãos que o País deve ter este ano, além da retomada gradativa de mercados da América Latina:

"São fundamentos muitos consistentes para o crescimento que sustentam a retomada para o ano que vem".


Fonte: CNM CUT

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