Direção da CNM/CUT debate Contrato Coletivo Nacional e o futuro do setor do aço
A direção da Confederação Nacional dos Metalúrgicos reuniu-se entre os dias 26 e 28 de fevereiro, em Minas Gerais, para debater o Contrato Coletivo Nacional de Trabalho e promover a Conferência Estadual sobre Negociação Coletiva e o Futuro do Setor Siderúrgico.
Entre os participantes estava o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sapiranga, Mauri Schorn, que também é diretor da CNM/CUT. Segundo ele, o primeiro debate teve como objetivo avaliar formas para intensificar a campanha pelo Contrato Coletivo Nacional de Trabalho (CCNT) como mecanismo para reduzir as desigualdades existentes entre os trabalhadores dos diferentes estados. “Há grandes disparidades salariais entre os trabalhadores e trabalhadores metalúgicas do país que exercem a mesma função. E o CCNT poderia corrigir esta injustiça”.
O segundo debate – o Futuro do Setor Siderúrgico – tratou da defesa da indústria siderúrgica brasileira, com emprego de qualidade e condições adequadas de trabalho.
Setor estratégico para a soberania nacional, a indústria do aço precisa ser estimulada no país para recuperar seu potencial e garantir emprego e salário decentes para seus trabalhadores, além de contribuir com o desenvolvimento econômico e social. Porém, atualmente enfrenta problemas relacionados às (más) condições de trabalho, ritmo intenso de produção, redução de salários e postos de trabalho, turnos de revezamento nocivos à saúde e vida dos trabalhadores, e excesso de mão-de-obra terceirizada, cerca de 47% de todos os metalúrgicos. Somam-se a isso as perseguições contra os dirigentes sindicais.
Na ocasião, a direção da CNM/CUT reivindicou contrapartidas trabalhistas para a concessão de financiamentos públicos às empresas do setor, garantindo soberania nacional por meio de uma indústria forte que garanta empregos de qualidade.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Sapiranga