CUT estreita relações com sindicato norte americano
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a maior entidade sindical da América do Norte USW (United Steelworkers) se uniram para lutar por politicas industriais mais eficazes e melhorias para os trabalhadores. Nesta semana o presidente da USW, Leo Gerard, visita o Brasil para conhecer o sindicalismo e as politicas do nosso País. O Brasil é considerado por Gerard um País referência em lutas sindicais e no poder de articulação com o Governo Federal e por isso veio conhecer a estrutura e o funcionamento das ações.
A CUT tem diversas bandeiras de luta por melhorias aos trabalhadores, o poder de articulação é evidente. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC é emblemático nessa história de mobilizações principalmente com as greves dos anos 80 e com um sindicalista eleito presidente da república. Estreitar relações é necessário para conseguirmos avançar na América do norte, afirmou o sindicalista. Arthur Henrique, secretário adjunto de relações internacionais da CUT explicou que o objetivo da visita é criar uma agenda continental de discussão e até mobilização sindical.
Os problemas que os trabalhadores do mundo todo vivenciam são semelhantes. Já realizamos reuniões em diversos países do continente americano para discutir a importância desta união. Algumas ações como as mobilização no caso da Nissan dos Estados Unidos que estava impedindo a sindicalização dos trabalhadores que teve lá, também demos apoio e fizemos um ato no Brasil.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, reforçou a importância desta união citando o caso do valor dos salários dos trabalhadores de uma montadora no México.
Há poucos anos o salário desta montadora no México e no Brasil era o mesmo, agora lá esta 40% menor. Isso não pode acontecer, é a perda de uma série de conquistas sindicais. O trabalhador tem que avançar e não regredir. Nos unindo teremos mais força.
O secretário adjunto de relações internacionais da CUT explicou que não há reuniões futuras marcadas e nem a expectativa de um prazo para formalizar a união.
Já estamos em discussão e isso irá ampliando. O resultado disso com certeza será uma luta unificada e benefícios conquistados ao trabalhador.
Gerard conheceu a CUT na segunda-feira (3/06). Já nesta terça-feira pela manhã visitou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e os veículos de comunicação apoiados pela entidade. No período da tarde participou de uma reunião na Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC. Nos próximos dias estará em Brasília em reunião com alguns deputados e com o o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
Sobre a USW A USW representa os trabalhadores dos Estados Unidos, Canadá e Caribe nos setores de metais, produtos químicos, vidro, borracha, correias transportadoras, pneus, transporte e recipientes industriais. Atualmente a entidade que é parceira da CNM (Confederação Nacional dos Metalúrgicos) da CUT congrega cerca de 860 mil filiados e representa, entre outros, os trabalhadores das subsidiárias americanas e canadenses da Gerdau e da Vale do Rio Doce.
Fonte: Site ABCD Maior