Caravana da Campanha Salarial chega a Carazinho nesta segunda-feira

 A mobilização realizada hoje aconteceu na empresa Semeato, em Carazinho às 6h da manhã. Os trabalhadores atrasaram a entrada e ouviram atentamente o pronunciamento dos dirigentes sindicais, numa demonstração de união e disposição de luta.

 Os funcionários desta unidade da Semeato reclamam do baixo salário e da grande distorção salarial praticado pela empresa. Os trabalhadores disseram aos dirigentes sindicais que embora exerçam as mesmas atividades, os salários não são iguais entre os colegas.

 Ailton Araújo, presidente do Sindicato de Passo Fundo, destacou a marca da campanha salarial, SAÚDE NÃO TEM PREÇO, e a reivindicação que trata da alimentação saudável através do programa de valorização da agricultura camponesa. Pauta da campanha deste ano, os metalúrgicos querem que essa produção chegue na mesa dos trabalhadores, seja nos refeitórios das empresas, Refeitório do Trabalhador, Cozinha do Trabalhador e em suas casas por meio de fornecimento de cestas básicas.

  Araújo repudiou o que chamou de crime do leite. “Esse é mais um das dezenas de casos que frequentemente surge com as diversas falsificações de alimentos, medicamentos, etc. Tudo pelo motivo da ganância, de buscar lucro a qualquer custo”.

 De acordo com as entidades representativas da agricultura familiar, o Estado possui uma base produtiva de excelência, com a produção de: arroz orgânico, leite em pó, suco de uva, amora, pêssego e maçã integral, leite pasteurizado tipo C, bebidas lácteas e uma diversidade de mais de 20 produtos de hortaliças, legumes, frutas, tubérculos (São considerados tubérculos alimentos como mandioca, batata, batata salsa, inhame, rabanete, cenoura, beterraba e nabo), parte deles orgânicos e certificados. Além disso, mel,  sementes agroecológicas com a marca Bionatur, leite in natura, frutas in natura (maça, amora, uva, pêssego), conservas, pré-processados, doces para pão, panificados, mel, açúcar mascavo, já está sendo comercializados. 

 São 15 agroindústrias em funcionamento as quais incluem processamento de mel, mini-processados de frutas e hortaliças, açúcar mascavo, mandioca, massas e carnes entre outras. Muitas famílias estão em franco processo de transição agroecológica incorporando aspectos produtivos como diversificação da produção, utilização de sementes crioulas e uso de insumos orgânicos, hortos medicinais. Os grupos de mulheres produzem e comercializam, de forma coletiva e comunitária panifícios, alimentos in natura e semi-processados.

 No ato, também foi destacado os temas relacionados à Pauta Nacional do Contrato Coletivo de Trabalho da CNM/CUT referente à creche; acesso ao local de trabalho; comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA); demissões; duração e distribuição da jornada. Mais as reivindicações na pauta de negociações nas datas base.

 Os metalúrgicos do Rio Grande do Sul filiados à FTM/CNM/CUT reivindicam: reajuste salarial de 10%, redução da jornada de trabalho, para 40 horas mensais, sem redução de salário, piso salarial indexado ao regional com valor de no mínimo 10% superior, elevando o valor para R$ 921,14, a partir de 1º de maio de 2013, contrato coletivo, pagamento dos meses com 31 dias para os trabalhadores mensalistas e vale transporte a custo zero, foram destacados.

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