Sindicalistas Metalúrgicos De Panambi Ganham Na Justiça Direito De Atuar Dentro Das Empresas
Uma grande conquista do Sindicato dos Metalúrgicos de Panambi deu novo fôlego ao movimento iniciado no dia 10 de julho, quando os trabalhadores decidiram pelo Estado de Greve: a Justiça do Trabalho decidiu pela liberação dos sindicalistas para atuarem dentro das empresas, dialogando e apresentando as razões desta decisão. A liminar, segundo o presidente do sindicato Valdir Godois da Costa garante a lei 9873/89 que estabelece o direito de entrar nas dependências das empresas para tentar o convencimento dos companheiros que não estão aderindo. Diante desta decisão, estão sendo formadas comissões para exercerem este direito durante uma hora por dia. A decisão derruba também o Interdito Proibitório conquistado anteriormente pelo sindicato patronal.Os trabalhadores vêm enfrentando pressões de todos os lados. O policiamento militar foi chamado na tarde de ontem, dia 15, quando 300 trabalhadores estavam parados em frente à empresa Kepler Weber. O presidente da entidade, Valdir da Costa chegou a ser preso pelo descumprimento do Interdito Proibitório que o impedia de se aproximar dos próprios sindicalizados. As principais empresas com Estado de Greve decretado são: Kepler; Bruning; Grupo Fok; Metalfur Equipamentos; Promint e Tromague (mesmo grupo); Metal Condor e Joscil Equipamentos.
Ao longo do dia de hoje, o sindicato de Panambi buscou junto ao judiciário a liberação do carro de som apreendido ao longo das mobilizações, uma vez que a liminar atual anula inclusive o Interdito Proibitório.
Esta decisão da Justiça do Trabalho “é muito importante, porque demonstra que o judiciário trabalhista está mais sensível às lutas dos trabalhadores e, consegue perceber que o Interdito Proibitório é uma censura ao direito fundamental dos sindicalistas, que é o de dialogar e defender a categoria, um direito democrático que vem sendo cerceado pelos sindicatos patronais”, observou o presidente da Federação dos Metalúrgicos do RS, Milton Viário.
Proposta rejeitada
A proposta defendida pelos metalúrgicos de Panambi e de 15% de reajuste salarial. Já a proposta patronal é de 8,25% de reajuste salarial retroativo a 1º de maio, 1,25% em novembro e mais 1% em janeiro de 2009, chegando a um reajuste de 8,75%, tendo sido rejeitada por unanimidade.
Fonte: Inara Claro