Setor De Máquinas E Implementos Desacelera

Setor De Máquinas E Implementos Desacelera
Responsável por 65% da produção de máquinas e implementos agrícolas do Brasil, o setor no RS não tem boas perspectivas de negócios para o ano. O termômetro nada animador foi confirmado através dos resultados verificados entre janeiro e abril no país, cujas vendas caíram 5,4% se comparadas ao mesmo período de 2008, totalizando 14,9 mil máquinas agrícolas.

O dado mais recente, referente ao mês de abril, também aponta desaceleração, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Foram comercializadas 3,9 mil unidades de máquinas e implementos agrícolas, 5,7% a menos que em março e 12,2% inferiores a abril do ano passado.

'Como todos os setores, também enfrentamos os impactos da crise mundial, com queda nas vendas', salienta o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS (Simers), Cláudio Bier. A situação só não foi pior no mercado interno por conta das ações do governo referentes ao Programa Mais Alimento, que financia o segmento.

Já com relação a exportações, a queda foi de 70% sobre abril de 2008. Em abril foram vendidas ao mercado externo 842 unidades, uma desaceleração que teve início ainda no final de 2008 e tende a se acentuar nos próximos meses.
Bier não acredita em crescimento dos negócios no setor neste ano, mesmo que a safra (estimativa é colher 134 milhões de toneladas) supere a do ano anterior.

As feiras e exposições apontaram para essa retração. Tanto a de Não-Me-Toque, como as exposições brasileiras Agrishow (SP) e Show Rural Coopavel (PR), apresentaram resultados frustrantes. 'As feiras não atenderam à expectativa porque os pedidos não se traduziram em vendas', destaca. Desde o agravamento da turbulência mundial, o setor registra 1,5 mil postos de trabalho fechados no RS, um indicador da gravidade do problema.

Segundo Bier, há uma importante indústria gaúcha que está desde março sem produzir tratores. Para superar esse momento, o segmento quer a ajuda do governo federal, assim como ocorreu com o setor automobilístico. 'Como a isenção de PIS e Cofins foi negada sobre máquinas e implementos, pedimos a inclusão do médio produtor ao programa Mais Alimento, o que não foi descartado pelo Ministério da Fazenda.'


Fonte: CP

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