São Leopoldo: Trabalhadores da Stihl param atividades por cerca de três horas

São Leopoldo: Trabalhadores da Stihl param atividades por cerca de três horas

 

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL) realizou uma assembleia em frente à Stihl, na manhã de terça-feira, 19. Mesmo com a forte neblina do início da manhã, os trabalhadores deram uma demonstração de força e unidade ao atrasarem a pegada do primeiro turno por mais de duas horas.

A assembleia foi realizada para informar os cerca de mil trabalhadores que acompanharam as manifestações dos diretores, sobre a campanha salarial dos metalúrgicos de São Leopoldo e Região, cuja data-base é 1º de julho. A entidade patronal ofereceu um reajuste com somente o índice da inflação, parcelado em duas vezes. O STIMMMESL reivindica 10,06% de reajuste, sendo 6,06% o acumulado do INPC nos últimos 12 meses e 4% de aumento real.

O diretor do STIMMMESL, Valmir Lodi, que coordenou o ato, explicou para os trabalhadores como funciona a campanha salarial, que a mobilização e união da categoria são fundamentais para o sucesso da Convenção Coletiva e o que o descaso e desrespeito por parte da patronal através de propostas descabidas tem sido normal e não devem ser aceitas pelos trabalhadores.

“Temos que ter claro, que somos nós que produzimos a riqueza da empresa. Não tem problema os patrões lucrarem, mas este bolo tem que ser repartido com que trabalha”, disse. Ele agradeceu a adesão dos trabalhadores e o apoio das diversas categorias que acompanharam a assembleia.

O diretor da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Loricardo de Oliveira, relatou a situação das campanhas de metalurgia pelo Brasil. Ele também lembrou que o setor continua crescendo e que, por isso, as empresas têm condições de atender às reivindicações da categoria.

O presidente do STIMMMESL, Jorge Edemar Corrêa, encerrou o ato e afirmou que se necessário, a Stihl e outras empresas da região vão parar novamente. “Vamos continuar mobilizados para conseguir um reajuste digno e as cláusulas sociais pelas quais lutamos. Os patrões vão ter que nos atender”, disse.

Entre as reivindicações, estão a mudança da data-base para 1º de setembro, auxílio creche e redução da jornada de trabalho, entre outras.

Durante a assembleia, a entidade serviu um café da manhã para os trabalhadores. Sindicatos dos Metalúrgicos das cidades de Novo Hamburgo, Canoas e Sapiranga, professores e vigilantes de São Leopoldo, bancários de Taquara e sapateiros de Novo Hamburgo participaram da atividade e demonstraram a solidariedade com os metalúrgicos da região.

Por: Renata Machado (STIMMMESL)

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