Professores E Manifestantes Realizaram Protesto Em Frente Ao Palácio Do Piratini
Um grupo de manifestantes e servidores públicos foi, na tarde desta quarta-feira, até a frente do palácio Piratini, sede do governo gaúcho, no centro de Porto Alegre, e comemorou o pedido de afastamento do cargo da governadora Yeda Crusius (PSDB).Com bandeiras, os manifestantes gritaram: "Yeda roubou uma mansão, vai sair de camburão!"
Nesta quarta-feira, o Ministério Público Federal informou que pediu o afastamento de Yeda e de outros servidores citados no processo protocolado na 3ª Vara Federal de Santa Maria.
O processo é resultante da Operação Rodin, que apura o desvio de verbas envolvendo o Detran-RS, a Universidade Federal de Santa Maria e fundações de apoio. Eles foram denunciados por enriquecimento ilícito e dano ao erário. A ação foi ajuizada na 3ª Vara federal de Santa Maria, município na região central do Estado.
"Trouxemos foguetes para comemorar a vitória do movimento", disse a presidente do Sindicato de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Spers), Rejane de Oliveira. Segundo ela, o Estado não pode ter uma governadora sem legitimidade. "Não vamos descansar enquanto não a arrancarmos do governo".
"Agora fica claro quem é a grande quadrilha", referindo-se ao fato do comando da Brigada Militar afirmar que os professores que protestavam contra o governo eram integrantes de uma quadrilha.
A manifestação foi acompanhada pacificamente pela Brigada Militar.
Investigações
O governo de Yeda tem sido alvo de acusações desde a Operação Rodin, da Polícia Federal, que investigou o suposto esquema envolvendo fraudes em contratos de prestação de serviços da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec) e Fundação para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae) para o Detran, e que causou o desvio de aproximadamente R$ 44 milhões dos cofres públicos, segundo o Ministério Público.
A situação ficou mais complicada depois que a revista Veja divulgou gravações mostrando conversas entre Marcelo Cavalcante, ex-assessor da governadora, e o empresário Lair Ferst, um dos coordenadores da campanha de Yeda e réu na Operação Rodin. O áudio indicaria o uso de caixa dois na campanha de Yeda para o governo do Estado.
Fonte: Agência Terra