Presidente da Câmara indica que vai tirar pacote anticrime de Moro da agenda
Rodrigo Maia afirmou que sua agenda é a reforma da Previdência, seguida da reforma Tributária e da repactuação do Estado brasileiro
O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, “deu a entender no sábado (23) que o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro, está fora da agenda e não terá vez na Casa tão cedo”, informou o UOL, em notícia neste domingo, que traz desdobramentos do conflito entre Maia e o presidente Jair Bolsonaro em torno da tramitação da proposta de reforma da Previdência.
Depois de almoço ontem com o governador de São Paulo, João Doria, o presidente da Câmara afirmou que sua agenda é a reforma da Previdência, seguida da reforma Tributária e da repactuação do Estado brasileiro. Maia também sustentou que o objetivo maior desse processo é organizar as contas do Estado, segundo o UOL.
Ontem, ao criticar o governo, Maia afirmou: "Não uso minhas redes sociais para agredir ninguém, e sim para apresentar propostas, ideias e discussões para a sociedade", em referência ao Twitter do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Também ontem, o jornal O Estado de S.Paulo publicou entrevista com o presidente da Câmara, na qual ele criticou o governo como “um deserto de ideias”.
Por conta da crise com o governo, na sexta-feira, Maia chegou a ameaçar que iria abandonar o projeto de reforma da Previdência, um sinal que provocou insatisfação do mercado, com a Bolsa de Valores recuando 3%.
“O pessoal do mercado, que apoiou cegamente Bolsonaro, está inquieto e já apavorado. Não vai ter crescimento, não vai ter reforma que eles querem, começaram a bater no governo. Não há possibilidade dessa turma ajudar o Brasil. O que eles menos pensam, governo e mercado, é no povo brasileiro”, afirmou a deputada federal Gleisi Hoffmann, em sua conta no Twitter.
Antes, na quarta-feira (20), Maia havia criticado o ministro da Justiça, Sergio Moro, por conta de pressões para rapidez na tramitação do pacote anticrime. O parlamentar disse que Moro conhece pouco de política e está ultrapassando suas prerrogativas.
Fonte: Rede Brasil Atual