Por um Brasil sem fome e pelos R$ 600, CUT e centrais farão ações nesta 4ª
Esta quarta-feira (26) será um dia de atos em todo o país em defesa do auxílio emergencial de R$ 600, contra a fome e a carestia. O ato nacional será realizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a partir das 10h, com transmissão pelas redes sociais das entidades. Nos estados, serão realizados atos nas capitais e grandes cidades.
Combater a fome e a pobreza no Brasil é o objetivo principal do ato #600ContraFome que a CUT, demais centrais, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares(Contag) e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam amanhã.
A fome não espera. Quando ela dói no estômago, e na mesa não há nada para comer, vem o desespero. Esse é o sentimento de milhões de brasileiros que já estão na linha da pobreza. Hoje, no Brasil, já são 14,5 milhões de famílias nesta situação por causa do descaso do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) com a população mais pobre e mais impactada pela crise econômica aprofundada pela pandemia do novo coronavírus.
As lideranças da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical, Pública, CSP-Conlutas, CGTB, CONTAG, MST e das frentes BP e PSM conhecem bem esse drama e não ignoram o sofrimento desses brasileiros – pais e mães de família sem emprego, jovens sem esperança e crianças desprezadas pelo governo federal que não só deixa de cumprir com seu papel de promover o desenvolvimento com geração de emprego e renda como não ampara essas pessoas em um momento de calamidade como o que o país vive.
Prova disso é o disparate de ter reduzido drasticamente o valor do concedido um auxílio emergencial aprovado pelo Congresso Nacional no ano passado, primeiro de R$ 600 para R$ 300 e este ano para R$ 150, no caso da maioria dos beneficiários. Outros receberão R$ 250, (quando há mais de uma pessoa na família), e alguns R$ 375,no caso de mães chefes de família, para as quais o Congresso havia aprovado R$ 1.200, que foram pagos pelo governo apenas até setembro. O auxílio ainda demorou quase quatro meses para começar a ser pago este ano a um numero muito menor de pessoas do que no ano passado.
Em 2020 foram 68,5 milhões de beneficiários. Já este ano, cerca de 30 milhões não receberão o auxílio, ou seja, a pobreza e a fome aumentaram proporcionalmente ao descaso de Bolsonaro e seu ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes.
Enquanto a renda diminui, ou mesmo não existe para esses milhões de brasileiros, o preço dos alimentos faz o caminho inverso. Aumenta a cada dia e – mais uma vez – o governo nada faz para controlar. A carestia é um tiro de misericórdia na esperança dos brasileiros que não tem o que comer.
Dá para suportar? Para o movimento sindical a resposta é não e a ação tem que ser imediata. A começar pelo auxílio emergencial de, no mínimo, R$ 600. E essa é a pauta principal da CUT e das centrais sindicais em conjunto com movimentos sociais, nesta quarta-feira.
Confira aqui detalhes sobre o ato.
Como será o ato em Brasília
Em Brasília, o ato no gramado do Congresso Nacional mostrará na prática, o que dá para comprar com os valores do auxílio emergencial atual, colando esses poucos produtos em carrinhos de compra. O objetivo é sensibilizar os parlamentares para que tenham a mínima noção do sofrimento desses milhões de famílias e pressiona-los a tomas uma iniciativa que o presidente capitão, pelo visto, jamais tomará.
Na pauta
Para Rodrigo Rodrigues, presidente da CUT Brasília, a principal reivindicação do ato são melhores condições de vida para população que mais tem sofrido com as ações de Bolsonaro.
“Com o ato, que terá bandeiras e cartazes, e com a nossa voz na Esplanada dos Ministérios, daremos um recado ao Congresso Nacional e ao Planalto sobre como a classe trabalhadora tem entendido a situação e quais são as reivindicações”, afirma o dirigente.
Também pauta importante da mobilização é a luta por vacina imediata para toda a população. “Essencial para que possamos controlar e sair da pandemia”, diz Rodrigo Rodrigues. A luta também é por mais direitos, empregos e contra a reforma administrativa que, conforme lembra Rodrigo, “vai destruir o Estado e fragilizar ainda mais os serviços públicos prestados à população”.
Diversos estados estão organizando as manifestações.
Fonte: CUT Nacional