Plenária nacional vai debater unidade das campanhas salariais de metalúrgicos da CUT

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) está convocando para o dia 30 de março uma plenária com representantes de todas as federações e sindicatos filiados para debater estratégias unificadas para as campanhas salariais deste ano.

A plenária acontecerá na sede da entidade, em São Bernardo do Campo (SP) e ao final dela, será realizado um ato para comemorar os 25 anos de fundação da Confederação.

“A cada ano temos percebido maior dificuldade de negociar com as bancadas patronais. Com certeza, isso é um jogo articulado pelo empresariado para tentar reduzir direitos. Assim, precisamos nos articular fortemente para impedir que haja redução de direitos”, afirmou Paulo Cayres, presidente da CNM/CUT, ao justificar a convocação da plenária.

Para definir a estrutura da plenária de 30 de março, ontem (15) a Confederação reuniu dirigentes de sua executiva e os presidentes das Federações de Metalúrgicos da CUT.

Eles fizeram uma avaliação das últimas campanhas salariais e falaram sob sua percepção a respeito de como serão as negociações deste ano. O presidente da CNM/CUT lembrou que as campanhas acontecerão no meio da tramitação da reforma trabalhista encaminhada pelo governo golpista de Michel Temer ao Congresso Nacional. “As bancadas patronais podem usar isso para dificultar as negociações. Mas para nós será um estímulo para mobilizar os trabalhadores, mostrando para eles que o que está em jogo são todos os seus direitos e conquistas”, destacou Cayres.

O secretário geral em exercício da Confederação, Loricardo de Oliveira, lembrou que o momento é de virar o jogo porque a parcela que se deixou seduzir pela “cantilena dos golpistas” agora está assustada com o que está acontecendo no país. “Os apoiadores do impeachment estão se sentindo traídos e temos de trazê-los para a nossa luta. É o momento de mostrarmos o que as reformas trabalhista e da Previdência vão representar na vida da classe trabalhadora e suas famílias”, assinalou Loricardo.

No encontro, os dirigentes das federações lembraram que a cada ano as campanhas têm sido mais longas e fragmentadas e que algumas das pautas de retrocesso propostas pelo empresariado aparecem agora na reforma trabalhista. “Na última campanha, teve bancada patronal que queria que aceitássemos dividir as férias em três períodos. Resistimos e não teve mudança. Mas agora, este é um dos itens da reforma, o que mostra que o governo se articulou com o empresariado para formulá-la”, exemplificou Luiz Carlos da Silva Dias, presidente da Federação dos Metalúrgicos da CUT/SP.

Segundo Paulo Cayres, na plenária de março a ideia é a de buscar uma unidade nacional – inclusive visual – para as campanhas salariais, a exemplo da iniciativa da CNM/CUT ao propor a articulação nacional em torno da luta contra a reforma da Previdência, com campanha publicitária única.

“Temos que impedir qualquer retrocesso tanto nas convenções coletivas quanto no Congresso Nacional. Vamos às ruas e vamos pressionar os parlamentares para votarem contra as duas reformas. E vamos nos organizar para lutar pela unificação de direitos da categoria metalúrgica. É isso que está no DNA da CNM/CUT desde a sua fundação, que este ano completa 25 anos”, finalizou Cayres.

Participaram também do encontro de ontem os presidentes das Federações cutistas de São Paulo, do Rio Grande do Sul (Jairo Carneiro), de Minas Gerais (Marco Antonio de Jesus), do Nordeste, Fábio Dias, do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói, Edson Rocha (que também é secretário de Administração e Finanças da CNM/CUT), e as secretárias da CNM/CUT de Igualdade Racial, Christiane Santos, e da Mulher, Marli Melo.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT

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