Plenária da Frente Brasil Popular fortalece mobilização no RS em defesa da democracia e dos direitos e contra o golpe
Em plenária estadual realizada na noite desta quinta-feira (7), no auditório do Cpers Sindicato, no centro de Porto Alegre, as entidades sindicais, partidos de esquerda e movimento sociais que integram a Frente Brasil Popular decidiram fortalecer a mobilização no RS em defesa da democracia, dos direitos sociais e trabalhistas e contra o golpe do impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Também compareceram representantes de comitês municipais, regionais e setoriais que estão sendo organizados na capital e no interior gaúcho para ampliar a participação de trabalhadores, mulheres, jovens, negros, LGBT e população.
Nada será como antes
“Nada será como antes, com ou sem impeachment”, alertou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. “Com impeachment, é terra arrasada”, denunciou. “Sem impeachment, a base aliada do governo estará desconstituída e os golpistas vão tentar acelerar a agenda no Congresso Nacional”, frisou o dirigente, ressaltando que “os golpistas estão usando a corrupção como biombo para aprovar projetos que visam retirar direitos dos trabalhadores”.
Claudir salientou que “precisamos construir uma resistência e uma reação agora e para depois da votação do impeachment, independente do resultado, para garantir a democracias e os direitos e conquistas da classe trabalhadora e da população”.
Principais encaminhamentos
Depois dos informes da plenária nacional da Frente Brasil Popular, ocorrida nesta quarta-feira (6), em São Paulo, os participantes definiram os principais encaminhamentos para o próximo período e referendaram o calendário de atividades dos comitês.
Ficou aprovada a participação no acampamento nacional da democracia e da legalidade até a votação do impeachment, em Brasília, aberto a delegações dos estados.
Os integrantes da Frente Brasil Popular devem fortalecer a divulgação do Mapa da Democracia e do site Não Vai Ter Golpe.
Também serão estimuladas as diversas iniciativas de mobilização e luta que estão ocorrendo junto aos deputados, como envio de mensagens, postagens nas redes sociais e abordagens nos aeroportos, pressionando pelo voto contra o impeachment.
Na próxima sexta-feira (15) haverá uma jornada nacional de mobilização contra o golpe, com manifestações, assembleias em fábricas e paralisações, entre outras atividades de impacto, buscando ampliar a pressão dos trabalhadores e da sociedade nos estados.
No domingo (17), data prevista para a votação do impeachment, será realizada uma vigília pela democracia em todas as capitais, com concentração nacional em Brasília, e mobilização em todas as cidades onde for possível, procurando reunir milhares de pessoas para o acompanhamento da votação, sempre primando pela segurança. Caso haja alteração no calendário do Congresso, a data será devidamente ajustada.
Será intensificada também a distribuição do Jornal da Democracia, lançado pela Frente Brasil Popular no RS, com notícias, esclarecimentos e informações que mostram os reais interesses que movem os golpistas. Não é o fim da corrupção, mas o alvo é o corte dos programas sociais, o controle do petróleo e do pré-sal e, principalmente, a retirada de direitos trabalhistas. Não é à toa que a Fiesp está gastando milhões de reais para tentar fazer o trabalhador pagar o pato.
Os registros das atividades e mobilizações devem ser informados pelos comitês para o e-mail da central de comunicação: imprensafbprs@gmail.com
Avaliação
A plenária foi bastante produtiva, animada pelos gritos de “não vai ter golpe, vai ter luta”. Para a secretária de Finanças da CUT-RS, Vitalina Gonçalves, “vamos fazer dos próximos 10 dias os mais importantes das nossas vidas e tenho certeza de que nós vamos derrubar o golpe do impeachment”.
Fonte: CUT-RS