Passo Fundo: Movimentos sociais e sindicais promovem mobilização pelo Plebiscito Popular da Reforma Política
Com faixas, cartazes, carro som e teatro os movimento sociais e sindicais promoveram na tarde de ontem, em Passo Fundo, uma mobilização pela Reforma Política. O ato ocorreu na esquina democrática, entre a Avenida Brasil e a Bento Gonçalves, em seguida os manifestantes realizaram uma caminhada até a Câmara de Vereadores onde realizaram uma audiência pública.
Durante a manifestação foi reiterado o chamado aos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade e à juventude de todo o Brasil para reforçar a reta final de preparação do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Político e garantir uma votação maciça na Semana da Pátria (1° a 7 de setembro).
Segundo Ailton Araújo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Passo Fundo, há tempos é apontada a necessidade de uma reforma política que aprofunde a democracia no Brasil.
As mobilizações de junho e julho de 2013 escancararam o fosso que existe entre as atuais instituições políticas e a vontade do povo de ser o protagonista principal das transformações necessárias.
As mudanças no sistema político se impõem para destravar um conjunto de reformas estruturais, como as reformas agrária, tributária e urbana, que permitam avançar na construção de uma nação soberana. Nesse processo se faz presente também a luta pela democratização da comunicação, hoje oligopólio de poucas famílias, colhendo adesões ao Projeto de Lei de iniciativa popular por uma mídia democrática.
“ Queremos uma Constituinte Exclusiva e Soberana porque com o atual Congresso nacional “não dá!”, com ele não serão feitas mudanças positivas, pois é eleito com base no poder econômico, através do financiamento empresarial de campanhas, deformando a representação da sociedade brasileira com menos de 10% de mulheres, menos de 9% de negros/as e apenas 3% de jovens. Critérios herdados da ditadura militar, como a falta de proporcionalidade, aprofundam as distorções, além de um Senado oligárquico que revê todas as decisões da Câmara”, ressalta Ailton.