Não compactuamos com golpistas e seguiremos lutando por nossa pauta, diz CNM/CUT
A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) vem a público externar o seu mais veemente repúdio ao golpe à democracia consumado por 55 senadores na madrugada desta quinta-feira (12) em Brasília.
Nós, metalúrgicos e metalúrgicas da CUT, não podemos e não vamos compactuar com um governo tomado de assalto das mãos de 54,5 milhões de eleitores que escolheram, com a soberania das urnas, a presidenta Dilma Rousseff para continuar o comando do Brasil.
Os 55 senadores, a exemplo dos 367 deputados federais que consumaram o processo de impeachment, mancharam a História do Brasil e rasgaram a nossa Constituição, para atender aos interesses sórdidos da elite empresarial, que querem transformar o Brasil no quintal do mercado financeiro e devolver a classe trabalhadora à condição de “vassalos” daqueles que ainda nos veem como escravos a seu serviço.
Assim como a Central Única dos Trabalhadores e milhões de brasileiros e brasileiras de todas as regiões, a CNM/CUT não reconhece o governo interino que hoje invade o Palácio do Planalto e a Esplanada dos Ministérios e vai continuar – junto com suas federações estaduais e sindicatos de base – lutando para que a democracia seja restabelecida e para que a Constituição seja respeitada.
A Confederação seguirá lutando para assegurar os direitos trabalhistas e sociais conquistados com muita mobilização e os avanços obtidos pelas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff.
Ao lado das entidades sindicais e dos movimentos sociais da cidade e do campo, continuaremos firmes na batalha por empregos e condições de trabalho decentes, pelo fortalecimento das políticas sociais inclusivas e contra o retrocesso que os golpistas querem impor à Nação pelas mãos de Michel Temer.
Seguiremos lutando pela soberania brasileira, pela Constituição, pela democracia e pelo Estado de Direito. E vamos continuar mobilizando os metalúrgicos e as metalúrgicas da CUT na defesa de nossa pauta de reivindicações: pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários; pela mudança na tabela de imposto de renda; contra a terceirização e em defesa da Previdência Social.
Com garra, com consciência e com nossa mobilização, vamos continuar, nas ruas e nas fábricas defendendo a categoria metalúrgica e classe trabalhadora.
São Bernardo do Campo, 12 de maio de 2016.
Paulo Cayres
Presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT