Mulheres metalúrgicas: oficina investe na capacitação de lideranças sindicais

Será encerrado amanhã (25) o primeiro módulo da Oficina de Capacitação de Lideranças Sindicais organizado pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT). O curso, que acontece em São Bernardo do Campo (SP), é voltado para as mulheres que integram a direção da entidade, o Coletivo Nacional de Mulheres Metalúrgicas da CUT e representantes de Federações e Sindicatos de Metalúrgicos de base estadual.

Iniciada ontem (23), a Oficina tem o objetivo de desenvolver um processo de capacitação das dirigentes sindicais, para propiciar sua participação efetiva e qualificada em diferentes atividades como líderes.

A atividade é conduzida pela socióloga Maysa Garcia, doutora em Educação, pesquisadora e consultora na área de formação. “A ideia destas oficinas surgiu quando começou o debate sobre a paridade de gênero nos cargos de direção da CUT e se constatou a necessidade de preparar melhor e mais mulheres para a atuação sindical. A metodologia que empregamos é a mesma para todas as categorias, naturalmente levando em consideração as especificidades de cada ramo”, explica Maysa. “Toda a dinâmica é feita de forma bem leve para não intimidar ninguém e nem impor ideias e conceitos”, completa.

No primeiro dia da Oficina, as participantes revisitaram e compartilharam suas trajetórias individuais e o que as levou para a militância sindical. Além disso, levantaram suas expectativas e perspectivas em relação à sua atuação.

Nesta quarta, entre outras atividades, as metalúrgicas também simularam negociações. “É um treinamento interessante, que as ajuda a organizar o pensamento, falar com objetividade e perder a inibição para falar em assembleias, reuniões e atividades sindicais”, afirma a consultora. “A Oficina contribui para dar segurança e auto-confiança na ação sindical das mulheres”, resume.

Mais dois módulos
A Oficina terá ainda outros dois módulos. No segundo, que acontecerá no início de abril, as participantes vão aprofundar a análise e o debate sobre questões de gênero e raça, especificamente no mercado de trabalho.

No terceiro, previsto para julho e que deve contar também com os homens que integram a direção da Confederação, o foco será o debate sobre as novas demandas sociais na conciliação entre trabalho e família, os papéis e valores socialmente estabelecidos no âmbito familiar, no mercado de trabalho e nas políticas públicas.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT

Pesquisar

FTMRS