Movimentos sociais vão às ruas em defesa da Petrobrás e da democracia no país
Milhares de trabalhadores e militantes dos movimentos sociais foram às ruas nesta quinta-feira, 12, em defesa da Petrobrás, da Reforma Política, dos direitos e da democracia.
A mobilização de hoje teve como pauta os seguintes pontos:
- Defesa da Petrobrás como patrimônio do povo brasileiro. Os crimes desvelados pela Operação Lava Jato devem ser punidos com rigor, mas os trabalhadores não irão permitir que interesses de multinacionais, desmontem a estatal.
- Defesa da democracia e da legitimidade do governo eleito para o desempenho do mandato para o qual foi eleito no segundo turno das eleições presidenciais.
- Reforma política através de uma Constituinte Exclusiva e Soberana.
- Defesa de direitos. Os trabalhadores não permitirão nenhum direito a menos.
- Defesa do Plano Camponês - união dos trabalhadores do campo e da cidade por uma alimentação saudável. Que o projeto iniciado pelo Governo Tarso Genro seja mantido no atual Governo estadual e que seja implantado em âmbito nacional.
O início das mobilizações foi às 7h, na Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas. Por volta das 10h, uma multidão começou se formou no Largo Glênio Peres. Bandeiras de diversas entidades, representando movimentos do campo e da cidade marcharam unidos no final da manhã em direção à Praça da Matriz, onde ocorreu grande ato.
O secretário nacional de Finanças da CUT, Quintino Severo, alertou para o momento no qual o Brasil vive. “Todos os que estão aqui sabem que o caminho para acabar com a corrupção é através do fim do financiamento privado de campanha. Para isso precisamos de Reforma Política”.
O ato foi encerrado com a líder dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, João Pedro Stédile, que cobrou a presidenta Dilma promessas feitas aos camponeses e até agora não cumpridas.
Stédile defendeu a punição aos corruptos, a assim como Quintino, ressaltou a necessidade urgente da Reforma Política. “Nós temos que lutar por uma reforma política que devolva ao povo o direito de eleger seus representantes de fato. A assembleia Constituinte é a única saída democrática.”
Ao final de sua fala, alertou: “Nós não aceitaremos um golpe. Se quiserem disputar com a classe trabalhadora que venham para as ruas discutir ideias e não fazer ameaças.”