Movimento sindical promove debate com Senador Paim e encaminha pauta de reivindicações da Classe Trabalhadora
Coordenado pela CUT do Vale, o movimento sindical da região promoveu na sexta-feira, 3 de maio, um debate com o ex-dirigente sindical metalúrgico e atual senador da República, Paulo Renato Paim. O evento foi realizado no auditório do Sindicato dos Sapateiros de Novo Hamburgo e reuniu, além de trabalhadores e trabalhadoras interessados no tema proposto - a Previdência Social e as reivindicações da classe trabalhadora - representantes dos 29 sindicatos que compõem a regional CUT do Vale.
Paim não só falou da previdência social, como também dos 70 anos da CLT, dos novos direitos dos empregados domésticos e dos projetos que estão no Congresso e pretendem flexibilizar direitos, como o da terceirização. Também de projetos de autoria ou relatoria dele, aprovados ou não, como o estatuto da juventude, a redução da jornada para 40 horas semanais, a política de valorização do salário mínimo, a igualdade salarial entre homens e mulheres, o fim do fator previdenciário e o projeto que pretende acabar com o famigerado voto secreto no Congresso Nacional.
Os participantes pediram para o senador Paim interceder a favor da classe trabalhadora junto ao governo federal e junto ao Congresso Nacional. Na avaliação dos trabalhadores, o governo Dilma tem concedido inúmeros incentivos para a classe patronal e não está atendendo os interesses da classe trabalhadora, desconsiderando o conjunto de reivindicações históricas, entre as quais a redução da jornada de trabalho e o fim do fator previdenciário.
Para o coordenador geral da regional CUT do Vale e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sapiranga, Araricá e Nova Hartz, Mauri Schorn, muitas destas reivindicações estão trancadas no Congresso Nacional devido à relação de deputados e senadores com as grandes empresas, que são as financiadoras das suas respectivas campanhas eleitorais. “Neste caso, defendemos a realização de uma reforma política estabelecendo a proibição dos financiamentos privados de campanhas eleitorais e a consequente adoção do financiamento púbico de campanha, para acabar com esse conluio que prejudica a classe trabalhadora e impede os avanços para aqueles que efetivamente constroem o país”, disse Mauri Schorn.
No ato de encerramento do encontro os dirigentes sindicais presentes encaminharam ao senador Paim uma pauta contendo as 15 principais reivindicações da classe trabalhadora da região, entre as quais, além da redução da jornada e o fim do fator previdenciário, a adoção de uma política de valorização dos aposentados, a ratificação da Convenção 158 da OIT (que combate as demissões imotivadas e freia a rotatividade) e uma proposta alternativa ao Projeto de Lei da Terceirização, atualmente tramitando no Congresso Nacional.