Metalúrgicos vão injetar quase 7 bilhões na economia com 13º salário de 2020
A categoria participou com 29,2% dos recursos pagos aos trabalhadores formais da indústria
Os metalúrgicos e as metalúrgicas do Brasil vão injetar na economia do país quase 7 bilhões de reais com o pagamento do 13º salário até o final de dezembro deste ano. Segundo nota do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 2020 os 1,92 milhões dos trabalhadores do setor metalúrgico no país participaram com 29,2% dos recursos pagos aos trabalhadores formais da indústria. Aproximadamente R$ 6,9 bilhões injetado na economia representa ainda 3,2% do total entre todos os setores.
O estudo feito leva em conta dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), ambos do Ministério da Economia, portanto estão descritos apenas os metalúrgicos do mercado formal de trabalho.
Para obter o número total de trabalhadores metalúrgicos foi utilizada a RAIS 2019 complementada por atualização do Novo Caged até o mês de setembro de 2020. Para o cálculo da remuneração média utilizou-se a RAIS 2019 atualizada pela variação média do INPC no período janeiro a setembro de 2020 sobre igual período de 2019.
Além dos trabalhadores informais, não foi considerado por este estudo o adiantamento da primeira parcela do 13º salário ao longo do ano, uma vez que parcela indeterminada de trabalhadores recebem parcialmente o pagamento do 13º no momento em que tiram férias.
O mesmo se aplica aos casos em que há o recebimento parcial antecipado por definição, por exemplo, de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) ou Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Maiores impactos
A região Sudeste reponde por aproximadamente 65,3% do 13º salário estimado do setor metalúrgico, equivalente ao montante de R$ 4,5 bilhões do total. Para a região Sul estima-se que deverá ser pago 23,9% dos recursos destinados ao 13° metalúrgico. Na sequência aparece o Nordeste (4,9%); Norte (3,8%) e Centro-Oeste (1,9%).
As unidades da Federação que mais contribuem para o montante de R$ 6,9 bilhões que serão pagos a título de 13° salário são: São Paulo com R$ 3,2 bilhões (47,2%); Minas Gerais, com R$ 739,9 milhões; (10,7%); Rio Grande do Sul com R$ 610,9 milhões (8,8%) e Rio de Janeiro com R$ 395,9 milhões (5,7%). Na região Norte destaca-se o Amazonas com R$ 209,5 milhões (3,0%); no Nordeste a Bahia com quase R$ 122 milhões (1,8%) e no Centro-Oeste o Estado do Goiás com R$ 78,8 milhões.
Fonte: CUT Nacional