Metalúrgicos Da Gm Param Por Duas Horas Contra Demissões E Fiesp

Trabalhadores do primeiro turno da General Motors paralisaram a produção por 2 horas nesta quinta-feira. Trata-se da segunda manifestação realizada nesta semana em protesto às demissões anunciadas pela empresa. Na última terça-feira, os metalúrgicos já haviam parado por 1 hora.

A GM confirmou na segunda-feira a suspensão de 744 contratos por tempo determinado, alguns deles no fim do prazo e outros ainda em andamento. Segundo o sindicato, outros 58 tiveram o contrato encerrado na última sexta-feira (9).

Os metalúrgicos querem a readmissão dos companheiros e estabilidade no emprego para todos os funcionários.

Segundo o sindicato da categoria, a manifestação de hoje também é um repúdio à proposta reiterada ontem pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), de redução salarial e jornada de trabalho sem garantia de estabilidade no emprego.

Algumas das principais centrais sindicais estão reunidas nesta quinta-feira, em São Paulo, para discutir as demissões de trabalhadores em meio à crise econômica. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) não participa do encontro.

Ato público

As assembleias, que aconteceram das 5h50 às 7h50, nas portarias do MVA e da S-10, foram realizadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à Conlutas.

Os metalúrgicos aprovaram ainda a realização de uma manifestação no centro de São José dos Campos no próximo dia 24.

"Vamos aumentar e ampliar para toda a cidade a mobilização contra as demissões feitas pela GM e contra essas propostas absurdas que a patronal já começa a fazer de reduzir salários", afirmou o diretor do Sindicato e coordenador nacional da Conlutas, Luiz Carlos Prates, conhecido como Mancha.

"É inadmissível que os patrões, que lucraram muito nos últimos anos e que têm todas as condições para garantir empregos e direitos, venham agora tentar jogar a crise sobre os trabalhadores. A posição dos metalúrgicos da GM é clara. Não queremos demissões e nem redução ou flexibilização de direitos", afirmou.


Fonte: Folha on line

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