Metalúrgicos da CUT-RS iniciam campanha salarial pedindo reposição das perdas e 3% de aumento real
Na noite desta quinta-feira (30), a Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTM-RS) realizou o lançamento da campanha salarial, através de uma live na página da Federação no facebook. Este ano, além do percentual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período (de maio de 2022 até abril de 2023), a categoria pleiteia 3% de aumento real.
O presidente da FTM-RS, Lírio Segalla iniciou abordando a expectativa e a pauta da categoria este ano. Além da reposição das perdas inflacionárias e do aumento real, questões referentes ao vale-alimentação, homologação das rescisões nos sindicatos, representação dos terceirizados e temporários pelas Convenções Coletivas da categoria, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e garantia de acesso dos dirigentes aos locais de trabalho são alguns pontos da pauta de reivindicação.
“Sabemos que o nosso percentual de avanços e conquistas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) é proporcional ao nosso nível de união e mobilização”, enfatizou Lírio ao afirmar que o objetivo da campanha salarial é combater a carestia e melhorar o poder aquisitivo dos trabalhadores metalúrgicos.
“A política dos juros altos é dos parasitas, conspira contra o emprego”, disse o economista e professor na Escola Politécnica da USP, João Furtado, que abordou como a fraude das Americanas jogou areia na engrenagem da econômica capitalista e a taxa juros de 13,75%, entre outros assuntos que explicou a macroeconomia.
“O que eles não querem é pleno emprego. Quando há um trabalhador desempregado é mais fácil achar quem se submeta a terceirização, a trabalho precário, sem carteira assinada. É a nossa luta é por pleno emprego, para que todos trabalhem e trabalhem menos”, declarou Furtado.
A mediação ficou por conta do secretário de Finanças, Milton Viário que ao encerrar a live agradeceu, emocionado, a participação do economista que classificou como “uma bela aula para a nossa categoria, que terá ótimos subsídios para conversar com os trabalhadores no chão de fábrica.”
Uma nova live, com os informes das mesas de negociação deve acontecer nas próximas semanas.
Fonte: FTM-RS
