Junho de lutas: nesta terça (20) tem Dia de Mobilização em todo o país

 

Com o avanço da reforma Trabalhista no Congresso (PLC 38/2017) – o texto aguarda votação na Comissão de Assuntos Sociais do Senado e deverá ser submetido ao plenário no dia 28 –, a CUT e as demais centrais sindicais ampliam a resistência em todo o país, dando ainda mais peso para o Dia Nacional de Mobilização Contra as Reformas Trabalhista e da Previdência, que vai mobilizar trabalhadores de norte a sul do Brasil nesta terça (20).

Os atos fazem parte do Junho de Lutas, um mês em que os movimentos sindical e sociais promovem várias manifestações contra os ataques aos direitos trabalhistas. A ação acontece após as mobilizações dos dias 8, 15 e 31 de março e "a CUT orienta suas estaduais e ramos a ampliarem a pressão sobre os parlamentares que podem enterrar de vez a carteira de trabalho e com ela todos os direitos trabalhistas", conforme aponta o secretário-geral da Central, Sérgio Nobre.

“Um governo sem legitimidade e o Congresso envolvido em escândalos não têm nenhuma condição de dialogar com a classe trabalhadora, porque sabem que essa pauta de derrubada de direitos mínimos jamais seria aprovada pelo povo em eleições diretas. Assim, cabe a todo brasileiro que deseja ver seu filho trabalhando em condições dignas, que ainda sonha em se aposentar sem morrer trabalhando ir para a rua cobrar o fim dessas reformas”, falou Nobre.

A CUT orienta que, no dia 20, pela manhã, as suas organizações filiadas, em conjunto com as demais centrais e movimentos sociais, organizem panfletagens em terminais de ônibus, estações de trem e de metrô; e caminhadas pelo Centro da cidade para dialogar com a população.

À tarde, o objetivo é realizar atividades culturais com debates sobre as reformas.

Além disso, a CUT orienta os sindicatos a promoveram assembleias e, além do corpo a corpo com os parlamentares em suas bases e nos aeroportos, enviar e-mails e mensagens para que votem contras as reformas.

Luta nos estados
Em muitas regiões, hjá há várias ações agendadas. Em Florianópolis (SC), por exemplo, haverá panfletagem pela manhã em portas de fábricas e escolas e um grande ato político e cultural, a partir das 16h30, em frente à Catedral Metropolitana.

“Dia 20 será o esquenta para a Greve Geral e vamos fazer uma manifestação que reunirá diversas categorias em defesa dos direitos que esse governo ilegítimo e esse Congresso com parlamentares golpistas querem roubar”, falou a presidenta da CUT-SC, Anna Rodrigues.

Em São Paulo, o ato cultural está previsto para acontecer a partir das 17h, na Praça da Sé, centro de São Paulo. Segundo o presidente da CUT estadual, Douglas Izzo, a mobilização acontece em ritmo de festa junina.

“Durante o dia faremos uma caminhada pelo centro da cidade com comerciários, municipais, trabalhadores do ramo bancário, entre muitas outras categorias. Também ocorrerão assembleias nas portas de fábrica e, no final do dia, vamos fazer um ‘arraiá’ contra a retirada dos direitos nesta luta contra as reformas”, ressaltou.

As entidades cutistas também programaram panfletagem e diálogo com a população em diversos bairros de Manaus (AM) e, em Fortaleza (CE), no aeroporto Pinto Martins, a partir das 4h30.

Também há manifestações programadas para Bahia (às 15h, em Campo Grande/Salvador), Maranhão (concentração na Praça João Lisboa, às 16h), Minas Gerais (audiência públicas sobre a situação das hidrelétricas mineiras, às 14h30, na Assembleia Legislativa de Minas e diálogo com a população nas estações do metrô e de ônibus) e Mato Grosso (às 7h30 haverá arrastão no Centro de Cuibá, com panfletagem).

Haverá mobilização ainda no Pará (Seminário nacional de enfrentamento à violência no campo), Pernambuco (assembleias em locais de trabalho e panfletagem), Paraná (assembleias em locais de trabalho e panfletagens no interior e capital), Rio Grande do Norte (panfletagem nas principais ruas de Natal e plenária com o movimento sindical e populares), Rio Grande do Sul (mutirão no Aeroporto Internacional Salgado Filho e às 17h30 acontece um grande ato no Largo Glênio Peres, no centro da capital gaúcha) e Tocantins (dias 19 e 20 protestos nos aeroportos de todo Brasil).

Fonte: Luiz Carvalho - CUT Nacional

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