Gm Vai Cortar Dois Mil Funcionários E Reduzir Produção Nos Eua

A fabricante americana de veículos General Motors (GM) anunciou que vai cortar 2 mil postos de trabalho nas fábricas nos estados de Michigan e Ohio, além de reduzir a produção em outras nove montadoras nos próximos seis meses, devido à queda nas vendas. O porta-voz da GM, Chris Lee, disse que a empresa vai eliminar o segundo turno de produção da montadora em Michigan no dia 30 de março e o segundo turno de produção da unidade de Ohio no dia 6 de abril. Em Michigan serão demitidos 1,2 mil trabalhadores e os outros 800 no estado de Ohio.
O porta-voz disse que os cortes fazem parte dos esforços da empresa de "alinhar sua produção com a demanda do mercado". O anúncio de ontem chega cerca de um mês depois de a empresa ter anunciado o fechamento temporário, na América do Norte, de 20 unidades de produção. A montadora de Ohio produz peças para os modelos Chevrolet Cobalt e Pontiac G5, dois dos modelos com maior eficiência no consumo de combustível produzidos pela empresa no país. No ano passado, a GM passou a adotar três turnos de produção devido à alta no preço da gasolina - o galão (3,785 litros) chegou a US$ 4,114 em julho - com o aumento na demanda por carros com consumo menor de combustível. No mês passado, no entanto, o terceiro turno foi interrompido, com a demissão de 890 funcionários.
No mês passado, o governo americano anunciou ajuda para o setor automobilístico com até US$ 17,4 bilhões, tirados do pacote de US$ 700 bilhões aprovado em outubro e destinado inicialmente a resgatar empresas do setor bancário com problemas ligados a papéis podres (com alto risco de calote). De início, a GM e a Chrysler terão acesso a US$ 13,4 bilhões, com outros US$ 4 bilhões que podem ser oferecidos em março. O acordo exige como contrapartida das empresas a apresentação de dados que mostrem que estão em condição financeiramente viável até o fim de março de 2009. A consultoria J.D. Power and Associates anunciou recentemente uma projeção para as vendas nos EUA neste ano, e as perspectivas são negativas: as vendas no país devem cair 13%, chegando ao nível mais baixo em 27 anos.


Fonte: Jornal do Comércio

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