Gm Prevê Que Mercado Terá Queda De 14,3%
O presidente da GM do Brasil, Jaime Ardila, estima que as vendas totais de veículos no mercado brasileiro devem somar 2,4 milhões de unidades neste ano. O número representa uma queda da ordem de 14,3% em relação aos 2,8 milhões de unidades comercializados em 2008.O executivo explica que a projeção é conservadora e já assume que a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para venda de carros novos - vigente até o final de junho - não será renovada. "A expectativa é de um primeiro semestre semelhante a 2008 e vendas mais fracas na segunda metade do ano", acrescentou o executivo.
Ardila afirmou também que a companhia não descarta buscar apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) para o plano de investimento de US$ 1 bilhão programado para o período entre 2009 e 2012.
Uma das alternativas da empresa é aumentar a produção na fábrica de Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O executivo ressaltou, no entanto, que a montadora ainda não apresentou uma proposta formal de financiamento ao banco. "Mas estamos sempre conversando", acrescentou. Segundo Ardila, que participou de evento da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a GM também está conversando também com o Banrisul e com outras instituições privadas.
Na opinião do executivo, a empresa não terá dificuldades para ter acesso a recursos no mercado brasileiro por conta da difícil situação financeira da matriz da empresa nos EUA. "Desde 2006 a GM do Brasil se financia com recursos próprios, a nossa garantia são os nossos ativos", afirmou. O executivo ressaltou ainda que a unidade brasileira tem independência jurídica e financeira.
Ardila revelou ainda que a empresa está trabalhando com capacidade total no momento, mas tem flexibilidade para aumentar a produção com a adoção de horas extras e operando aos sábados, mas não pensa em aumento de capacidade. "Nesse momento, tudo que é produzido é vendido". O executivo avalia que para a retomada do mercado é importante que haja um retorno do volume de crédito disponível para o financiamento de automóveis, com juros menores e prazos maiores.
Fonte: JC