Encontro Nacional do Macrossetor Indústria da CUT se encerra destacando papel da organização no local de trabalho

Encontro Nacional do Macrossetor Indústria da CUT se encerra destacando papel da organização no local de trabalho


Encerramento do Encontro reuniu lideranças dos trabalhadores dos Ramos da alimentação, metalúrgico, químico, vestuário, urbanitário e construção
O Encontro Nacional do Macrossetor Indústria da Central Única dos Trabalhadores (CUT) foi encerrado no início da noite de sexta-feira (9) com uma conclamação do presidente Vagner Freitas para que o sindicalismo cutista priorize na sua ação a estruturação e fortalecimento das organizações no local de trabalho (OLT). “Base forte e organizada é essencial para defender a indústria nacional, o salário, o emprego e os direitos”, destacou.
 
“Estou chegando agora de Rondônia, onde participei de um momento extremamente marcante na construção da história do nosso país: a implantação da Comissão de Negociação Permanente na obra de Jirau com a posse aos companheiros eleitos. Daqui a 30 dias é a vez dos trabalhadores da Usina de Santo Antônio. É desta forma que vamos influenciar os rumos do desenvolvimento, acompanhando pari passu tudo o que está acontecendo, o que é essencial para garantir a melhoria das condições de vida e trabalho”, ressaltou Vagner.
 
O líder cutista lembrou que tais avanços não seriam possíveis sem que tivessem ocorrido grandes mobilizações, greves e enfrentamentos nos canteiros de obra das duas usinas, o que pressionou as empresas e o próprio governo federal para que efetivasse esta conquista. “No mesmo dia em que estávamos dando posse à Comissão, uma das terceirizadas não cumpriu o acordo e meteu uma greve na cacunda da empresa na margem esquerda do rio. Ou seja, mesmo com o acordo, senão temos uma peãozada forte e organizada, acumulando energia e protagonismo, as coisas não acontecem. Quem manda na CUT é a base”, ressaltou Vagner.
 
STF CONTRA A JUSTIÇA
 
Na avaliação do dirigente cutista, o Brasil vive um momento muito perigoso devido ao comportamento da “Suprema Corte, que joga fora todo o arcabouço legal” com a sua interpretação do “domínio do fato” no julgamento do chamado “Mensalão”. Na prática, destacou, querem criminalizar o PT e os movimentos sociais, à revelia dos fatos, “mas a legislação nos garante que enquanto não há prova contrária, você é inocente”. “Há um entendimento casuístico, pois a elite brasileira não suporta ver o país crescendo. Perceberam que respeitando as regras do jogo eles não ganham mais, então tentam mudar a regra. Na verdade, está havendo uma judicialização da política com regras de exceção”, condenou.
 
REUNINDO E UNINDO OS MACROSSETORES
 
O secretário geral da CUT e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, reiterou o significado do evento para um maior protagonismo dos trabalhadores do setor industrial, “estratégico para o desenvolvimento nacional”. Citando a representatividade do encontro, que reuniu as principais lideranças dos trabalhadores metalúrgicos, químicos, urbanitários, da construção, do vestuário e da alimentação, Sérgio reafirmou o compromisso da Central de fortalecer a articulação com as Confederações cutistas, a fim de aprimorar e potencializar a ação na base.
 
Durante o evento as lideranças cutistas debateram as medidas que vêm sendo adotadas pelo governo federal no âmbito do Plano Brasil Maior sobre política industrial e apontaram a necessidade da defesa das empresas nacionais, propondo medidas que garantam contrapartidas sociais e considerem a sustentabilidade ambiental, a geração de postos de trabalho decente e o apoio às micro e pequenas empresas. As propostas estão sendo sistematizadas e serão entregues oportunamente ao governo.
 
Na próxima segunda-feira, na capital paulista, terá início o Encontro Nacional do Macrossetor do Serviço Público. Para março estão previstos os encontros do Macrossetor Comércio, Serviço e Logística e do Macrossetor Rural.


Fonte: CUT

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