Em Rio Grande, Lula critica “desmonte do país”
Um ato em defesa do Polo Naval de Rio Grande foi realizado neste sábado, em Rio Grande, com a participação dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. A manifestação teve início no Largo da prefeitura, no centro da cidade, e reuniu caravanas de vários municípios do Estado. Algumas autoridades políticas estiveram presentes, entre eles o ex-governador, Olívio Dutra (PT-RS).
Durante o ato, Lula atacou indiretamente várias vezes as reformas do governo do presidente Michel Temer e defendeu a indústria naval da região. "O desmonte do País não pode continuar acontecendo. Eu posso esperar até 2018 para me candidatar, mas quem está desempregado não pode esperar. Quem está passando fome não pode esperar", disse. "Eles podem se preparar porque vamos recuperar a indústria naval deste País. A Petrobras vai voltar a ser do povo brasileiro, que a partilha vai voltar a acontecer. Eles têm que saber que o petróleo é do povo e não das multinacionais. Eles têm que saber que o BNDES vai voltar a ter desenvolvimento, que a Caixa vai voltar a ser banco público", prometeu.
Muito aplaudido, o ex-presidente atacou as propostas de reforma defendidas, por Temer. "Estão destruindo o trabalho do gaúcho Getúlio Vargas", apontou. Ele disse também que espera muito prestar seu depoimento ao juiz Sérgio Moro e indicou que acredita na recuperação dos direitos sociais a partir de 2018. "Eles podem esperar porque nós vamos voltar."
Sobre o Polo Naval, Lula afirmou que a região tem potencial econômico: "A gente tem que pensar quantos empregos podemos gerar. Este povo quer trabalhar e receber o seu salário para ter o que comer. O que eu não posso ter é um navio mais barato e um rio-grandense dormindo na sarjeta desempregado. É por isso que vim aqui. Como é que vao dizer que acabou? Isto aqui é rico perto da minha região", declarou.
Dilma defende “encontro com a democracia”
A ex-presidente Dilma também se pronunciou durante o ato defendendo a democracia e o Polo Naval. "Até outubro de 2018 temos que ter apenas um pensamento: o voto direto para presidente da República. Este processo é nosso encontro com a democracia. Nós não podemos deixar que eles ganhem no tapetão. Nós temos que saber que não tem vergonha nenhuma perder uma eleição. Sabemos que eles não consideram todas estas medidas e o Polo Naval ainda tem volta", disse. "A democracia é nosso caminho para Brasil voltar a crescer e gerar empregos. Quando tem democracia, o povo brasileiro tem poder", afirmou.
*Fonte: Jornal Correrio do Povo com informações do repórter Luiz Sérgio Dibe