Em nota, CNM/CUT repudia perseguição a militantes e invasão policial em escola do MST
A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) repudia com veemência a ação policial contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deflagrada na manhã desta sexta-feira (4) no Paraná, no Mato Grosso do Sul e em Guararema (interior de São Paulo), onde a Escola Nacional Florestan Fernandes foi invadida, sem mandado judicial, pelas Polícias Civil e Militar. Os agentes policiais derrubaram os portões da Escola, atirando e perseguindo militantes do MST que lá residem.
Esta ação ilegal é mais uma ofensiva contra os movimentos sociais e sindical, para criminalizar todos e todas que lutam por justiça social no Brasil.
Nos últimos meses, temos assistido, atônitos, a uma série de desmandos de aparatos repressivos, particularmente depois do golpe parlamentar-judiciário-midiático para tomar o poder no País.
Repressão a manifestações pacíficas, invasão e prisão ilegal de estudantes menores de idade que ocupam escolas públicas para lutar por educação digna e, agora, esta ação contra o MST demonstram que querem massacrar todos e todas que continuam ousando em lutar e sonhar por direitos trabalhistas e sociais. É uma escalada para intimidar e calar a voz de todos aqueles que se opõem ao desmonte do Estado e das políticas públicas inclusivas e ao retrocesso nos direitos trabalhistas e sociais
Os cidadãos e as cidadãs brasileiras não podem se omitir diante de tantas arbitrariedades que estão levando o nosso país para o terreno perigoso do Estado de Exceção já vivido durante a ditadura militar.
Ao mesmo tempo em que se solidariza com o MST, a CNM/CUT se une às demais entidades e conclama a classe trabalhadora e a sociedade a demonstrarem sua indignação diante do arbítrio e a se manifestarem contra a criminalização e à cultura do medo e da mordaça que querem voltar a impor ao Brasil.
Vamos seguir lutando pelo direito de organização, pelo direito de manifestação, de opinião e de todos os outros assegurados pela Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, da qual o Brasil é signatário.
É a liberdade do nosso povo que está em jogo!
São Bernardo do Campo, 04 de novembro de 2016.
Direção
Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT