Em Congresso, metalúrgicos da CUT pedem impeachment do presidente do Banco Central

Rafaela Amaral (STIMMMEC)
Em Congresso, metalúrgicos da CUT pedem impeachment do presidente do Banco Central

Uma campanha pelo impeachment do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto foi lançada na tarde desta terça-feira (9), durante o 11º Congresso da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT “Reconstruir o Brasil de forma sustentável e humanizada com trabalho decente, soberania, renda e direitos”.

“Um grande movimento começa aqui, neste Congresso. Vamos pedir o impeachment do Campos Neto. Fora o presidente do Banco Central”, afirmou o secretário geral da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira ao lançar a campanha.

Atualmente, a taxa básica de juros do país é de 13,75% ao ano e o dirigente destacou que não existe indústria forte se o estado não cumprir um papel, igualmente forte. “Um dos responsáveis por estar trancado o desenvolvimento do Brasil é o presidente do Banco Central.”

“Um país precisa ter vitórias e conquistas, se desenvolver. Por isso, a nossa categoria inicia essa grande mobilização junto à CUT e vamos derrubar o presidente do Banco Central”, garantiu Loricardo, com o apoio de um plenário lotado, que levantava cartazes contra Campos Neto.

A Secretária de Mulheres da Confederação, Marli Melo do Nascimento, acredita que esse movimento será muito importante para o Brasil.

“Nossa categoria está sendo protagonista ao propor o impeachment do presidente do BC, para que o nosso país tenha uma política de juros com mais visibilidade. Sabemos que temos um Congresso de direita, mas vamos fazer pressão e vencer”, declarou ela.

“Precisamos cassar essa cara”, enfatizou o presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres ao afirmar que ele [presidente do Banco Central] paralisa a economia nacional ao manter os juros altos, apesar da diminuição da inflação. “O Campos Neto é um bolsonarista e boicota o nosso governo. Nós não vamos permitir.”

De acordo com Cayres, o movimento chegará até o Senado Federal e a pressão será muito importante.

“O presidente do Banco Central é um fascista e genocida. Pois ao manter a taxa dos juros em 13,75%, provoca mortes do nosso povo que precisa de emprego, que acaba reduzido por essa política. Portanto, não é apenas um gesto simbólico da CNM. Vamos fazer muita pressão para tirar esse cara”, prometeu.

O 11º Congresso da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT acontece até quinta-feira (11), em Guarulhos (SP).


Fonte: Renata Machado (STIMMMESL)

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