Cut Rs Fez Ato Pela Redução De Taxas De Juros E De Tributos Estaduais
No final da manhã desta quarta-feira (21), dia em que o Conselho de Política Monetária (Copom) divulga o novo valor da taxa Selic, a Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul realizou um ato político na frente da sede do Banco Central em Porto Alegre reivindicando a redução das taxas de juros e dos tributos estaduais e municipais diante da repercussão da crise econômico e financeira mundial no Brasil e no RS, ameaçando principalmente os postos de trabalho.O presidente da CUT-RS, Celso Woyciechowski, anunciou que a Central solicitou audiência com a governadora Yeda Crusius para discutir os problemas causados no Estado. O deputado estadual Adão Villaverde também participou do ato e apoiou as medidas que deverão ser reivindicadass pela CUT-RS junto ao governo gaúcho, como a redução do ICMS para os setores de máquinas agrícolas, automotivos e autopeças.
"O IPVA, por exemplo, tem que ser revisado pois o cálculo deste imposto foi realizado em agosto, com um patamar de preços mais alto. De lá para cá, tanto os veículos novos quantos os usados caíram de preço, e portanto, o IPVA tem que ser recalculado", afirmou o deputado, acrescentando que esta medida contribuiria para aumentar a renda dos trabalhadores, incentivando o consumo.
Celso afirmou que ainda deverá ser requisitada a isenção de impostos dos produtos da cesta básica. "Isso deverá ajudar a manter a agricultura familiar, que tem grande empregabilidade no Rio Grande do Sul", disse o dirigente cutista, defendendo a inclusão na cesta de alimentos produzidos por setores que enfrentam dificuldades devido à crise, como carne de aves e de suínos.
Em relação às prefeituras, a CUT pedirá a queda do ISS e também a obrigatoriedade de alimentos produzidos localmente na merenda escolar de cada município, a fim de impulsionar o mercado interno.
Em entrevista ao Jornal do Comério, comentando o encontro da CUT nacional, na segunda-feira, com o presidente Lula, Celso comemorou a garantia dada aos sindicalistas de que o aumento do salário mínimo,
que havia sido acertado anteriormente com as entidades sindicais, será mantido. A medida, que deve entrar em vigor a partir de 1 de fevereiro, elevará o mínimo dos atuais R$ 415,00 para R$ 465,00.
O presidente da CUT-RS celebrou a confirmação dada por Lula para a realização de encontros setoriais com empresários representantes de cada segmento econômico afetado. Na próxima semana, o presidente Lula deve convocar os 50 maiores empresários do País para discutir a crise e ver os aspectos que devam ter um replanejamento nas empresas. "Não dá para buscar acordos guarda-chuvas que sirvam para todos, há setores que são mais impactados e outros menos, e suas demandas têm que ser discutidas separadamente", explicou no JC.
Segundo ele, apenas no Rio Grande do Sul o setor metalúrgico já demitiu 2,2 mil pessoas em dezembro e janeiro. No mesmo período, a indústria de alimentação, especialmente no segmento avícola, fechou cerca de mil postos de trabalho. Já o setor de calçados teve 10.437 demissões durante todo o ano de 2008.
"Essa crise econômica foi causada pela agiotagem internacional. Por isso, os trabalhadores não podem mais uma vez pagar a conta", denunciou o diretor do SindBancários e da CUT-RS, Everton Gimenis.
Para os trabalhadores, os juros precisam cair, a fim de remanejar recursos da especulação para a produção. De acordo com especialistas, cada ponto percentual a menos na Selic significa economia de R$ 15 bilhões, dinheiro da dívida pública que deve ser investido para o crescimento e a geração de empregos.
Além da queda da Selic, os dirigentes sindicais exigiram a redução dos juros dos bancos e do spread bancário. "Não adianta o Copom baixar a Selic, se os banqueiros continuarem sugando a economia com suas taxas que estão nas alturas. O Brasil precisa de crédito acessível para crescer", destacou o diretor do SindBancários, Ademir Wiederkehr.
O ato público, que também reuniu metalúrgicos, sapateiros, professores e servidores públicos, dentre outras categorias, foi encerrado pelo presidente da CUT-RS, Celso Woyciechowski. Ele ressaltou que a redução acentuada da taxa de juros integrou a pauta de reivindicações entregue pela CUT e demais centrais ao presidente Lula na segunda-feira, dia 19, em Brasília. "Os trabalhadores consideram indispensável o corte dos juros para diminuir o custo do crédito no país, fomentando a economia e estimulando o emprego e o crescimento", afirmou.
Outros estados
Também ocorreram manifestações em Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. O principal alvo dos protestos foi o presidente da autoridade monetária, Henrique Meirelles.
Em São Paulo, além de pedir a queda dos juros, o presidente nacional da CUT, Artur Henrique, classificou de "propostas oportunistas que surgem em momentos de crise". Ele se referiu às ideias de empresários que têm defendido a flexibilização dos contratos de trabalho como forma de amenizar os efeitos da crise.
Crise não justifica demissões
Com a participação do presidente da CUT-RS, o programa Polêmica da Rádio Gaúcha debateu nesta quarta-feira as dispensas de trabalhadores por várias empresas. Os ouvintes responderam a pergunta:
"As demissões estão justificadas pela crise ou, muitas vezes, a crise serve de pretexto para as demissões?"
A maioria dos ouvintes opiniu que a crise não justifica a onda de demissões.
Veja o resultado:
1 - Muitas vezes, a crise serve de pretexto para as demissões: 68%
2 - As demissões estão justificadas pela crise: 32%
Total de ligações: 148
"Essa crise econômica foi causada pela agiotagem internacional. Por isso, os trabalhadores não podem mais uma vez pagar a conta", denunciou o diretor do SindBancários e da CUT-RS, Everton Gimenis.
Para os trabalhadores, os juros precisam cair, a fim de remanejar recursos da especulação para a produção. De acordo com especialistas, cada ponto percentual a menos na Selic significa economia de R$ 15 bilhões, dinheiro da dívida pública que deve ser investido para o crescimento e a geração de empregos.
Além da queda da Selic, os dirigentes sindicais exigiram a redução dos juros dos bancos e do spread bancário. "Não adianta o Copom baixar a Selic, se os banqueiros continuarem sugando a economia com suas taxas que estão nas alturas. O Brasil precisa de crédito acessível para crescer", destacou o diretor do SindBancários, Ademir Wiederkehr.
O ato público, que também reuniu metalúrgicos, sapateiros, professores e servidores públicos, dentre outras categorias, foi encerrado pelo presidente da CUT-RS, Celso Woyciechowski. Ele ressaltou que a redução acentuada da taxa de juros integrou a pauta de reivindicações entregue pela CUT e demais centrais ao presidente Lula na segunda-feira, dia 19, em Brasília. "Os trabalhadores consideram indispensável o corte dos juros para diminuir o custo do crédito no país, fomentando a economia e estimulando o emprego e o crescimento", afirmou.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Porto Alegre