Cut, Cnm E Metalúrgicos Do Abc Aprovam Medidas Do Governo E Cobram Contrapartidas Sociais
Em nota conjunta, entidades cutistas alertam que de todos os setores beneficiados pelas medidas do governo, apenas as montadoras e as fabricantes de motocicletas já assinaram compromisso explícito para garantir empregos.Nota conjunta assinada por entidades cutistas alerta que de todos os setores beneficiados pelas medidas adotadas pelo governo, apenas as montadoras e as fabricantes de motocicletas já assinaram compromisso explícito para garantir empregos. "É preciso que os outros setores também o façam, dentro do conceito de contrapartidas sociais"
*Veja os detalhes das medidas de incentivo à economia
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e suas entidades filiadas, a CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos) e suas entidades filiadas e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC avaliam que o conjunto de medidas apresentado hoje (29 de junho) pelo governo federal aponta na direção certa para a superação definitiva da crise e atende parte de reivindicações e propostas que temos apresentado. Está em sintonia com a defesa do emprego e dos salários como ferramentas essenciais para o fortalecimento do mercado interno.
Porém, é necessário atentar que, de todos os setores de alguma forma beneficiados pelas medidas, apenas as montadoras e as fabricantes de motocicletas já assinaram compromisso explícito para garantir o nível de emprego nas empresas. É preciso que os outros setores também o façam, dentro do conceito de contrapartidas sociais
O movimento sindical cutista cobrará essas medidas, e pressionará os setores beneficiados a adotarem o compromisso. Cobraremos também do governo federal, no papel de articulador do conjunto de medidas anunciado hoje (29 de junho), sua atuação para construir esses acordos de preservação de empregos.
É preciso ainda destacar que setores já beneficiados devem repassar as isenções tributárias para o preço final de seus produtos, garantia fundamental de que a sociedade se beneficiará com a diminuição dos preços e o aumento do consumo.
O esforço de negociação que vem sendo feito por sindicatos de trabalhadores, governo e setores da indústria também precisa ser acompanhado pelo setor financeiro privado, que continua impondo à sociedade altas taxas de juros e tarifas.
Reiteramos que a superação da crise se dará com medidas ousadas, que levem em consideração as propostas e exigências dos setores produtivos, entre elas a exigência de contrapartidas sociais nos investimentos e benefícios concedidos com dinheiro público.
Mais uma vez fica claro que o papel do Estado como indutor do desenvolvimento, como sempre defendemos, é essencial.
Artur Henrique, presidente nacional da CUT
Carlos Grana, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos
Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Fonte: Valter Bitencourt CNMCUT