Com Desenrola, inadimplência cai pelo segundo mês consecutivo
Na vésperas de completar um mês de implementação, o programa Desenrola Brasil já causa os “primeiros impactos” na queda da inadimplência. No mês passado, o número de brasileiros que não consegue pagar suas contas apresentou a segunda retração consecutiva. É a primeira vez, desde junho de 2021, em que são registradas duas quedas seguidas.
De acordo com o Mapa da Inadimplência, divulgado pelo Serasa na quarta-feira (16), o número de endividados teve redução de 34.495 pessoas no mês passado: 71,45 milhões em junho, ante 71,41 milhões agora. Atualmente, cada brasileiro deve em média R$ 4.923,97.
“Essa boa notícia pode estar ligada aos primeiros impactos do programa Desenrola Brasil, do Governo Federal, que desde 17 de julho estimula a negociação de dívidas com as instituições financeiras”, afirma o Serasa, em nota.
Segundo o levantamento, a inadimplência atinge 43,72% da população adulta do país. Desse total, 50,4% são mulheres e 49,6%, homens. As faixas etárias mais afetadas são de 41 a 60 anos (35%) e de 26 a 40 anos (34,6%).
Segmento que sempre lidera o volume de inadimplentes, as dívidas com bancos e cartões de crédito registraram uma redução de 1,60 ponto percentual, passando de 31,13% em junho para 29,53% em julho. Trata-se da maior queda no segmento desde janeiro de 2019.
Em parceria com o Desenrola Brasil, o Serasa Limpa Nome renegociou 3,8 milhões de débitos no mês passado. O total de descontos concedidos aos endividados atingiu R$ 8,89 bilhões.
Febraban: R$ 8 bilhões em dívidas renegociadas
Também hoje, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que 1,3 milhão de dívidas já foram renegociadas pelo Desenrola Brasil, beneficiando 985 mil clientes. De acordo com a Febraban, foram R$ 8,1 bilhões negociados exclusivamente pela Faixa 2, que atende aos devedores com renda mensal de até R$ 20 mil, sem limite de dívida.
As renegociações da Faixa 1, para quem recebe até dois salários mínimos (R$ 2.640), começam em setembro. Neste grupo, as dívidas não podem ultrapassar R$ 5 mil.
Fonte: Rede Brasil Atual