Coletivos são fundamentais para a democracia e estratégia do movimento sindical
Coletivos de mulheres, formação, combate ao racismo, LGBTQI+, comunicação, saúde, juventude, internacional, entre outros temas, são estratégicos para a ação política do movimento sindical e na defesa dos direitos e da Democracia.
Esta afirmação foi unânime entre representantes de Sindicatos e Federações filiados à Confederação Nacional dos Metalúrgicos e Metalúrgicas da CUT (CNM/CUT) e convidados, que participaram da “Pré-plenária - Importância dos Coletivos” para a entidade, no último dia 24 de junho, das 9h às 12h, pela plataforma Blue Jeans.
Seguindo a agenda da Plenária Nacional Estatutária, que acontece nos dias 14 e 15 de outubro, a Pré-plenária reuniu quase 100 dirigentes Sindicais da categoria de Minas Gerais, Manaus, Nordeste, Santa Catarina, Espírito Santo e Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. [Conheça abaixo a agenda das outras pré-plenárias que vão acontecer nos próximos meses]
A Secretária-Geral da CUT, Carmen Foro, e o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Aristides Veras dos Santos foram os convidados da atividade, que preparou as deliberações para a Plenária Nacional da CNM/CUT.
Coletivos precisam ter voz
Carmen disse que os coletivos são fundamentais para a estratégia da entidade e dá direção à própria direção. Além disso, segundo ela, eles são importantes para democratizar, formular, elaborar, refletir e central para dialogar com a base..
“Os coletivos compõe a gestão política de uma organização. Se bem trabalhados, ajuda na gestão política como um todo. Nossa luta é uma questão da classe e classe tem jovens, mulheres, negros, negras”, afirmou a dirigente.
Segundo Aristides, nos coletivos os sujeitos têm que ter voz, mas não pode ser desconectada das questões gerais, de classe e “considerar que não podemos compreender as injustiças sociais e reproduzir o preconceito e machismo”.
“Os coletivos são fundamentais para que o debate chegue na base e trazer o debate da realidade para a direção nacional. É uma via de mão dupla. É mecanismo para gestão viva e democrática”, finalizou o dirigente.
Construção e atuação dos sindicatos
Grande parte dos representantes dos sindicatos filiados à CNM/CUT está com seus coletivos sendo construídos e outros em processo para iniciar a construção, mas muitos sindicatos atuam com as pautas de políticas afirmativas nas negociações.
Em Manaus, por exemplo, o Sindicato tem conseguido negociar planos de saúde para casais homoafetivos e falta colocar nas convenções: direitos, trabalho repetitivo e insalubre.
Em Feira de Santana na Bahia, a Arcelor Mitall, por exemplo, conseguiram negociar a contratação de trabalhadores LGBTQIA+ e têm cláusulas para contratação de negros. Além disso, na diretoria da Federação dos Metalúrgicos do Nordeste 40% são mulheres, a maioria é negra.
Os 13 sindicatos da base da Federação Estadual da CUT de São Paulo (FEM-SP/CUT) também têm desenvolvido ações extremamente significativas e debatidas em plenárias. “Esse debate fortalece a categoria”, disse a secretária de Mulher da FEM SP, Ceres de Souza Lucena Ronquin.
O presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, disse que o movimento sindical precisa entender que “quando formos escolher nossos diretores e diretoras temos que ver a preocupação deles e delas com esses debates. A CNM nasceu para discutir a indústria, mas não só isso. Somos formados de mulheres, negros e negras e jovens. Temos que fazer o bom e justo combate”.
Calendário das Pré Plenárias da CNM/CUT
No próximo dia 29 de julho terá a “Pré Plenária - Indústria e as perspectivas frente à tecnologia 4.0”.
No dia 26 de agosto a “Pré Plenária - Importância das Relações Internacionais para a CNM/CUT” e no dia 30 de setembro a “Pré Plenária - Importância das eleições 2022 para os metalúrgicos e metalúrgicas da CNM/CUT”.
Fonte: CNM/CUT