CNM/CUT decide lutar por Pacote Emergencial Econômico para garantir proteção à saúde, emprego e renda durante e pós Pandemia

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CNM/CUT decide lutar por Pacote Emergencial Econômico para garantir proteção à saúde, emprego e renda durante e pós Pandemia

Entidade também definiu em reunião ampliada da direção, as datas do 1° Encontro dos Coletivos Nacionais via vídeo conferência e a produção de Lives sobre temas da classe trabalhadora

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) assumiu o compromisso de aprofundar o Pacote Emergencial Econômico, como proposta para financiar as medidas de proteção à saúde, ao emprego e a renda dos trabalhadores e das trabalhadoras durante e pós a pandemia do novo coronavírus.

O pacote foi construído por uma frente de esquerda no Parlamento, que propõe a taxação de grandes fortunas no Congresso Nacional, e foi apresentado pelo Deputado Federal, Henrique Fontana (PT) na reunião ampliada da direção da entidade, que aconteceu na tarde da última terça-feira (13), de forma virtual.

O presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, disse que independente da pandemia e respeitando todas as orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), a entidade vai continuar lutando em defesa da vida e de um mundo mais justo para a classe trabalhadora.

“A gente focou em dialogar sobre a proposta de taxação nas grandes fortunas na CUT, nas federações, sindicatos e com a população, porque isso é extremamente importante para reduzir a pobreza no nosso país, ampliar a distribuição de renda, reduzir a concentração de renda. E claro, nós queremos fazer isso através de diálogo com o Congresso Nacional”, explicou.

Segundo ele, não dá mais para ficar esse “escândalo”, que é ter um trabalhador ou trabalhadora que ganha R$900, que mal dá pra sobreviver, pagando um imposto igual a uma pessoa que ganha R$ 200, 300 mil reais por mês. Paulão, como é conhecido no movimento sindical, também destaca a desigualdade em relação aos valores da cesta básica.

“Quando eu vou comprar minha cesta básica o imposto é igual para todo mundo e não pode ser porque você trata os desiguais como igual e não pode. E é por isso que precisa isentar o imposto da cesta básica de trabalhador e construir uma lógica de imposto progressivo, assim como nós também precisamos retomar o debate da questão da tabela do imposto de renda, que sempre penaliza os mais pobres”, explicou.

O secretário-Geral da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, disse que a reunião teve esse papel importante de trazer para a agenda da entidade uma pauta discutida no Congresso Nacional e que ser mais ofensivo em pautas propositivas traz para a categoria uma esperança de que é possível distribuir renda e mudar a realidade do país.

“Essa pauta do Fontana foi importante para que possamos fazer o debate, além do que a conjuntura está propondo, como estas medidas de redução de jornada e de salário e toda essa questão problemática do momento. Porque alguém precisa pagar essa conta da crise que estamos vivendo e que iremos passar depois da pandemia e essa conta não pode ser paga só pelos trabalhadores, quem tem dinheiro tem que pagar a conta”, afirma.

Loricardo destaca que a direção da CNM/CUT buscará construir uma campanha dos pontos da taxação de grandes fortunas, que estão vinculados aos projetos em discussão no Congresso Nacional, tratados na reunião com o deputado Henrique Fontana. O objetivo é esclarecer à população e a categoria o que está sendo proposto pelos partidos de esquerda e para isso será necessário ter as federações, os sindicatos, o macrossetor da indústria da CUT incorporados neste objetivo.

“Vamos discutir ponto a ponto destas propostas junto com a sociedade e com os coletivos da entidade e pensaremos juntos como desenvolver essa campanha junto aos trabalhadores, como nós democratizarmos essas informações que estão sendo postas e como nos mobilizamos para que essas pautas sejam realmente votadas no Congresso”, explicou o dirigente.

Encaminhamentos da direção na reunião virtual

Além de definir aprofundar a luta pela taxação das grandes fortunas, a CNM/CUT também decidiu pelas seguintes ações:

- as novas datas do 1° Encontro via vídeo conferência dos Coletivos Nacionais da CNMCUT, por vídeo, que deverá ser do 01 de junho 2020 a 05 de junho 2020;

- A CNM/CUT construirá Lives sobre temas de interesse da classe trabalhadora;

Reuniões virtuais

A CNM/CUT já realiza reuniões e encontros online há mais de um ano, depois da reforma trabalhista e está ampliada da direção é uma continuidade do deste processo.

Inclusive já foi organizada, também por meios digitais, a plenária de campanha salarial deste ano e houve grande participação dos trabalhadores organizados e seus indicados.

“Com esta pandemia este meio só veio ser aperfeiçoado pelos companheiros e companheiras que ainda não estavam preparados para este formato de debates”, explicou Loricardo, que destacou como um grande desafio a realização do 1º Encontro dos Coletivos da entidade no ínicio do próximo mês.

“O desafio maior que nós vamos fazer agora é o encontro dos coletivos da CNM que ainda estamos construindo coletivamente, mas com certeza irá dar certo e conseguiremos atingir nossos objetivos da luta”, afirma.

Para o Paulão, a CNM demonstra o alto grau de organização com a presença gigantesca do seus dirigentes nesta reunião e em outras atividades online que a entidade está fazendo.

“Nossa categoria demonstra um compromisso gigantesco com esta nova realidade fazendo diferente deste presidente eleito, porque sempre elegeremos a vida como a principal bem do ser humano e nós não iremos parar”.

“Vamos continuar fazendo o que sempre fizemos, a nossa luta. Não importa o formato, nós nos adaptamos e continuamos a lutar seja na rua, seja dentro de casa, no isolamento, nas redes, nas conferências ou no WhatsApp”, finaliza.


Fonte: CNM/CUT

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