Centrais reivindicam 13% de reajuste para o Piso Regional

Representantes das Centrais Sindicais se reuniram com o secretário executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Marcelo Danéris, no Centro Administrativo do Estado, na tarde de segunda-feira, 17. Os sindicalistas entregaram um documento com as reivindicações para o Piso Regional 2013.

Este ano, o reajuste reivindicado é de 13%, resultado da média do PIB do Brasil e do Rio Grande do Sul nos dois anos antes do último reajuste, acrescido da inflação, estimada em 5,35%.

Os trabalhadores solicitam ainda a recuperação das perdas do salário desde sua criação em 2011, propondo que o valor seja reposto em quatro parcelas de 3%, até chegar ao valor inicial que era de 1.28 salários-mínimos.

Os dirigentes pedem também a inclusão de três novas categorias: secretárias, farmacêuticos e trabalhadores de imobiliárias, além de alteração de faixas de categorias que apresentam defasagem na faixa atual.

Atualmente o Piso Regional é referência para 1,135 milhão de trabalhadores e significa um poderoso instrumento de democratização de renda, desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida.

Constituição Estadual

Representando as centrais, o presidente da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), Guiomar Vidor, disse que as entidades entendem que o Piso Regional deve ser uma política de Estado e constar da Constituição estadual, configurando-se como um instrumento público de política salarial. Os dirigentes propõem ainda que o Piso Regional seja também o vencimento mínimo dos servidores públicos do Estado.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Claudir Nespolo, destacou que o setor econômico vem recebendo um conjunto de estímulos dos governos estadual e federal, Simples, Fundopem, Integrar, entre outros, que soma-se agora à redução do custo da energia.

“Estes ganhos devem ser transferidos para os trabalhadores e não ficarem apenas no lucro das empresas”, defende. Nespolo ressaltou que o Piso tem impacto não só na valorização do trabalho, mas em outras dinâmicas econômicas de distribuição de renda. “O reajuste do piso, pode corrigir injustiças”, finalizou.

O secretário Marcelo Danéris observou que o governo ouvirá todas as partes para promover acordo sobre o assunto e o governador Tarso Genro tomará as decisões no prazo necessário. Ele agradeceu a confiança dos trabalhadores em contar com o espaço de diálogo possibilitado pelo CDES-RS, para propiciar o entendimento entre as categorias e as Federações empresariais. “O Conselho é um canal aberto para o diálogo vivo e real, uma mesa de negociações plural, com permanente disposição para o acordo”, disse.

Ele lembrou que em 2011 o RS cresceu mais que o Brasil e os indicativos econômicos apontam que os reflexos mais agudos da crise já passaram. “O quarto trimestre deve ser de crescimento, não há previsão de estiagem para o próximo ano e os investimentos públicos tendem a crescer”, finalizou.

Atendendo ao pedido das federações empresariais, o Governo do Estado retardou para 1º de março de 2012 a data de entrada em vigor do salário regional deste ano. A partir de 2013 o reajuste vigorará em 1º de janeiro, mesma data do salário mínimo nacional.

 


Fonte: CUT/RS

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