Centrais defendem unidade do campo democrático e popular nas eleições do RS

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Centrais defendem unidade do campo democrático e popular nas eleições do RS

As quatro maiores centrais sindicais no Rio Grande do Sul – CUT, CTB, Força Sindical e UGT – divulgaram nesta quinta-feira (9) um documento enviado ao PT, PSB, Psol, PCdoB, PV, Rede Sustentabilidade, Avante e Solidariedade, defendendo a unidade do campo democrático e popular nas eleições majoritárias deste ano no Estado.

O texto apela “para as lideranças do campo que construiu as pré-candidaturas de Lula e Alckmin, para que façam todo o esforço possível e necessário para construir as convergências no rumo de uma campanha unitária, contagiante e vitoriosa”.

As centrais lembram que “as consequências das derrotas eleitorais recaem nos ombros da classe trabalhadora e fortalecem as classes dominantes e seus projetos de domínio do capital, exclusão social e massacre do povo”.

“Nós, do movimento sindical gaúcho, nos sentimos no dever histórico de nos manifestar junto aos partidos democráticos e populares na direção de construir a unidade nesta dura disputa”, destacam as centrais.

Ou leia a íntegra do documento abaixo:

CENTRAIS SINDICAIS DEFENDEM UNIDADE DO CAMPO DEMOCRÁTICO E POPULAR NO RIO GRANDE DO SUL

“Quero, aqui na frente de vocês, sem meias palavras, fazer um apelo aos partidos de esquerda. A verdade nua e crua é essa, juntos nós temos muito mais chances, juntos somos muito mais fortes” (Lula, Porto Alegre, 02.05.2022)

Vivemos uma das piores conjunturas na história da classe trabalhadora no Brasil e no Rio Grande do Sul. As eleições deste ano representam uma grande oportunidade para mudar os rumos do país e do estado.

Em âmbito nacional, viveremos uma das maiores disputas liderada por uma frente democrática e popular que apresentará um programa de reconstrução do país e de combate ao fascismo.

No estado persistem as indefinições para montagem de uma frente democrática e popular que possibilite uma vitória eleitoral. Frente a essas dificuldades, cabe a nós, enquanto representantes da classe trabalhadora, apelar para as lideranças do campo que construiu as pré-candidaturas de Lula e Alckmin, para que façam todo o esforço possível e necessário para construir as convergências no rumo de uma campanha unitária, contagiante e vitoriosa.

Temos consciência de que as consequências das derrotas eleitorais recaem nos ombros da classe trabalhadora e fortalecem as classes dominantes e seus projetos de domínio do capital, exclusão social e massacre do povo.

O projeto dos nossos inimigos de classe no poder significa para a classe trabalhadora índices medíocres de reajuste do piso salarial, congelamento e atraso dos salários dos servidores, precarização dos serviços públicos, venda de patrimônio público e ataques sucessivos aos nossos direitos.

Esse projeto conservador representa também a propagação da ideia de que o mercado é o único propulsor das atividades econômicas e a ausência de políticas públicas, que incentivem a retomada da indústria e dos empregos, a valorização da agricultura familiar e a produção de alimentos saudáveis.

Tal projeto hoje no poder trouxe para a classe trabalhadora a intensificação da insegurança social, a violência contra as mulheres e a população LGBTQIA+ e o assassinato de jovens negros e pobres nas nossas periferias. Recrudesce o conservadorismo e visões de mundo que hegemonizam cultural e ideologicamente a sociedade, levando a um estado fascista e policialesco que pretende acabar com a democracia e as instituições.

Nós, do movimento sindical gaúcho, nos sentimos no dever histórico de nos manifestar junto aos partidos democráticos e populares na direção de construir a unidade nesta dura disputa e, assim, podermos realizar uma campanha vigorosa, cheia de esperança e vitoriosa, em sintonia com os desafios do nosso tempo e as expectativas da classe trabalhadora.


Porto Alegre, 9 de junho de 2022.

Central Única dos Trabalhadores (CUT)

Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

Força Sindical

União Geral dos Trabalhadores (UGT)


Fonte: CUT-RS

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