Campanha Salarial: Mesa de Sapiranga fecha com 9,5% de reajuste e 14,3% no piso

Campanha Salarial: Mesa de Sapiranga fecha com 9,5% de reajuste e 14,3% no piso

Pelo acordo aprovado na assembleia geral realizada na última quinta-feira, 25 de julho, os metalúrgicos da base de Sapiranga terão reajuste de 9,5% a partir de 1º de julho. Com relação aos meses de maio e junho, a categoria terá a reposição das perdas, ou seja, os 7,16% da perda inflacionária (INPC de maio/2012 a abril/2013). O reajuste de 9,5% garante um aumento real de 2,18% nos salários.

Outra importante conquista foi a valorização do piso salarial da categoria, pois obteve um reajuste bem acima da inflação, ou seja, 14,3%, passando a valer R$ 4,00 por hora ou R$ 880,00 mensais. Cabe lembrar que, caso o atual piso (R$ 880,00) fique menor que o piso regional devido à política de valorização adotada pelo governo estadual (Tarso Genro), este terá automaticamente um reajuste para equipará-lo, assim como aconteceu em outras ocasiões.

O novo dissídio coletivo manteve importantes conquistas como:
- quinquênio de 3%
- adicional noturno de 20% até as sete da manhã
- estabilidade para quem está na iminência de se aposentar e tem mais de cinco anos na empresa
- horas extras com adicionais de 50% (as primeiras duas) e 100% (as demais horas laboradas)
- auxílio-educação no valor equivalente a 50% do piso (R$ 440,00), em uma única parcela, até 15/09/2013, desde que o empregado interessado formule requerimento com certificado de matrícula e frequência até 10 dias antes da data prevista para o pagamento
- auxílio-creche no valor de R$ 129,21 por filho pelo período de 18 meses, contados do retorno do auxílio maternidade
- auxílio-funeral no valor equivalente a dois pisos salariais em vigor, hoje R$ 1.760,00.

Conquista graças à luta e mobilização da categoria

Mais uma vez, não foi nada fácil arrancar dos patrões um reajuste que fosse considerado digno para os trabalhadores e trabalhadoras metalúrgicos de Sapiranga, Araricá e Nova Hartz. Na avaliação da direção do nosso sindicato, o acordo fechado foi bom, pois ficou na média de outros acordos metalúrgicos fechados no Estado. “Também porque a categoria participou das mobilizações, não se intimidou com a pressão patronal e deu respaldo para o sindicato realizar boas ações nas portas de fábricas e uma boa negociação. Nossa categoria foi guerreira e não se deixou intimidar”, argumenta o presidente do sindicato, Mauri Schorn.

 

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