Aposentados Podem Ganhar Apenas O Mínimo

Aposentados Podem Ganhar Apenas O Mínimo
O senador Paulo Paim (PT/RS) afirmou na madrugada desta quarta-feira, durante a vigília em defesa dos interesses dos aposentados e pensionistas, que os trabalhadores brasileiros estão condenados a receber no máximo um salário mínimo ao final da vida se nada for feito para alterar as políticas que regem atualmente a seguridade social.
Para que esse desastre social não se verifique, na opinião do senador, é necessário aprovar matérias como o projeto de lei do Senado (PLS 50/03) que dispõe sobre a recomposição das perdas de rendimentos sofridas por aposentados e pensionistas. – Só há um caminho, a da mobilização - afirmou o senador, sob o aplauso de populares que ocupam parte das galerias da Casa.
Mesmo reafirmando seus compromissos e "carinho" em relação aos servidores públicos, o senador analisou que não é justo que funcionários dos poderes da República se aposentem
com salários integrais e paritários, em valores que variam de R$ 12 mil a R$ 25 mil, enquanto outros trabalhadores dificilmente conseguem chegar a pensões que ultrapassem a R$ 1,8 mil, em virtude principalmente da aplicação do chamado fator previdenciário. - Que todos os outros [servidores] ganhem, mas não tirem do assalariado.
Esse fator previdenciário é desonesto, um assalto a todos os bolsos dos trabalhadores, é um crime - ponderou o representante do Rio Grande do Sul. Em reação àqueles que criticam o movimento de vigília de senadores por entendê-lo como mero jogo político, Paulo Paim lembra que no Congresso há uma tradição de aprovar todos os grandes projetos de interesse social, inclusive com a derrubada de vetos presidenciais.
Na sua opinião, a aprovação tende também a ser o destino dos três projetos relativos à previdência aprovados no Senado e que ora se encontram em tramitação na Câmara dos Deputados – PLS 296/03, PLC 42/07 e PLS 58/03. Ao lembrar que os 25 milhões de aposentados e pensionistas representam um universo de pelo menos 60 milhões de eleitores, o senador pelo Partido dos Trabalhadores alertou que todos aqueles que querem se eleger a algum cargo no país, de vereador a presidente da República, estão obrigados a levar em consideração às demandas desse amplo universo de cidadãos. - Ou rezam pela cartilha dos aposentados, ou não se elegem a nada - disse, em um claro recado aos candidatos que alimentam projetos eleitorais no futuro. Paulo Paim, que em seu discurso foi aparteado por alguns senadores, leu da tribuna cartas e-mails em apoio ao movimento de vigília, enviados dos mais variados cantos do país para o seu gabinete.


Paim faz entrega simbólica de projetos

A terceira vigília em protesto pela aprovação dos projetos que recompõem os valores dos benefícios de aposentados e pensionistas iniciou-se às 18h desta terça-feira (2). Para marcar a manifestação, o senador Paulo Paim (PT-RS), idealizador do protesto, entregou simbolicamente aos deputados presentes em Plenário - Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Cléber Verde (PRB-MA) e Jurandy Loureiro (PSC-ES). - o texto das proposições que aguardam análise da Câmara: o que prevê o fim do fator previdenciário (PLS 296/03, e na Câmara, PL 3299/08); o que garante o mesmo percentual de reajuste do salário mínimo para pensões e
aposentadorias (PLC 42/07, e na Câmara, PL 1/07); e o que prevê a recomposição das aposentadorias, para que valham o mesmo número de salários mínimos de quando foram concedidas (PLS 52/03, remetido nesta quarta-feira à outra Casa). - O senador Paim, através desse gesto, está interpretando o sentimento da Casa, já que as matérias foram aprovadas
por unanimidade, e agora vão à Câmara dos Deputados – avaliou Garibaldi Alves Filho, presidente do Senado.
Paim também entregou um manifesto de apoio ao movimento assinado por 30 deputados e por integrantes da Frente Parlamentar em Defesa dos Aposentados, que segundo o senador, já ultrapassa os 250 integrantes.


Fonte: Da Redação / Agência

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