A Luta Pelo Emprego

Na tentativa de evitar demissões de trabalhadores, sindicatos passaram a apresentar alternativas a empresários. As opções são basicamente redução da jornada associada à diminuição do salário, uso de banco de horas, suspensão temporária do contrato de trabalho e férias e licenças remuneradas.

Esse leque foi proposto ontem pela Força Sindical à Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), mas com uma condição: a garantia dos empregos. Antes de receber as sugestões, cerca de 30 empresários ligados à entidade foram unânimes em defender a redução da jornada e do salário e a suspensão do contrato de trabalho, mas rejeitam a exigência de estabilidade dos trabalhadores.

– Quando falamos em garantia de emprego, os empresários entendem como estabilidade. Não é a mesma coisa, queremos deixar claro. Não é estabilidade eterna. É garantia de emprego por tempo determinado, pelo tempo que vigorar o acordo – explicou o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho, que negocia com a Fiesp.

As alternativas na mesa

Redução de jornada e salários: a jornada pode ser reduzida em no máximo 25%, e os salários não poderão cair mais do que 15%. Deve ser aprovada em assembleia.
Suspensão de contratos de trabalho: as empresas deixam de pagar os salários e de recolher INSS e FGTS por até cinco meses. O trabalhador recebe bolsa (de R$ 415 a R$ 776) e faz curso de qualificação financiado pelo patrão.
Banco de horas: o uso mais comum dessa opção é a troca de hora extra por folga. Agora, a ideia é que os trabalhadores reduzam a jornada e mantenham o salário, com o compromisso de compensar no futuro as horas não-trabalhadas.
Férias coletivas e licenças remuneradas: o trabalhador fica em casa e recebe o salário normalmente. Funciona como antecipação de férias.




Fonte: Zero Hora

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