A CUT é a fortaleza da classe trabalhadora no Brasil, afirma presidente da CNM/CUT
Nesta segunda-feira (28) a Central Única dos Trabalhadores (CUT) completou 40 anos de fundação. Maior central sindical do país, a CUT terá seu legado relembrado em homenagens como uma sessão solene na Câmara dos Deputados, em Brasília, e também em casas legislativas estaduais e municipais em todo o país. No último sábado (26), a entidade realizou evento cultural na Praia Grande (SP), local simbólico da primeira Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), onde foi lançada em 1981 a semente para a criação da central dois anos depois.
Segundo presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) Loricardo de Oliveira, o aniversário é o momento de relembrar o histórico de lutas da Central, principalmente nos últimos anos, no qual a classe trabalhadora lutou contra os governos Temer e Bolsonaro, batalhando contra a perda de direitos na Reforma Trabalhista, e em várias outras frentes.
“Os metalúrgicos da CNM/CUT se orgulham muito de fazer parte desta central e sabem que os próximos 40 anos serão frutos da nossa organização e resistência ao que passamos nos últimos anos”, destaca Loricardo.
O sindicalista reforça que a CUT não é uma central apenas formada por dirigentes e sim pela base de trabalhadores e trabalhadoras no país. “Essa é a grandeza da CUT, a sua base, foi isso que a sustentou por esses 40 anos e que vai levá-la a continuar forte no futuro”, complementa.
Quatro décadas de luta
Em 1983, em São Bernardo do Campo (SP), a Central Única dos Trabalhadores surgia, em plena ditadura militar, com a ousadia de levantar a bandeira da liberdade e autonomia sindical e de organizar a classe trabalhadora. Desde o respeito e a garantia dos direitos no local de trabalho, onde quem gera a riqueza deve ter voz, até a forma de filiação e sustentação sindical.
Passadas quatro décadas, a defesa da democracia e a unidade de trabalhadores e trabalhadoras contra a superexploração do trabalho e por condições dignas seguem como pauta. Não porque a luta da CUT foi em vão, mas porque essas pautas dependem de uma batalha que nunca acaba e o papel da Central foi fundamental para garantir avanços nesses aspectos ao longo desses anos.
Fonte: CNM/CUT