A Crise Deixa Lições Que Bem Assimiladas Podem Reverter Em Benefício Da Economia
A retomada da atividade produtiva requer alguns desafios a serem enfrentados pela indústria. Um deles é a inovação nos processos de gestão e de tecnologia com o objetivo de não perder competitividade. Para o presidente da Fiergs, Paulo Tigre, a crise dá lições que, se bem assimiladas, revertem em benefícios para a economia brasileira e, por consequência, a gaúcha.Inovar é o caminho para crescer', aposta o presidente. O trabalho em parceria com as universidades é uma forma de incentivar esse processo, assim como as ações conjuntas implementadas com o Sebrae/RS nas diversas regiões do Estado, cujo objetivo é apoiar os micro e pequenos empresários que se constituem em importantes geradores de postos de trabalho. São apostas locais capitaneadas pela Federação das Indústrias para superar a crise, gerar emprego e renda e movimentar o mercado interno, por meio do trabalho formal.
No Estado, são 2.320.747 trabalhadores formalizados, sendo 56,4% de mulheres e 43,6% homens. O maior percentual de trabalhadores com carteira assinada concentra na faixa etária dos 30 aos 39 anos (27,2%) e dos 40 aos 49 anos (23,9%), estatística que vem se alternando nos últimos anos. A indústria de transformação detém a maior participação nesse mercado com 26,44%, ou 613.596 trabalhadores formalizados, a maioria está empregada nas indústrias de Caxias do Sul, Porto Alegre, Novo Hamburgo e Gravataí, grandes polos gaúchos e que foram impactados com a crise resultando em desemprego em alguns casos ou redução de jornada de trabalho.
As perspectivas são de reversão do quadro, embora em níveis inferiores de há dois ou três anos, quando o setor trabalhava com capacidade total de produção. 'Temos setores que ainda trabalham precariamente, então o momento é de expectativa', alerta Tigre. O governo federal reduziu a previsão de crescimento da economia em 2009 de 2% para 1%. O dado consta do relatório bimestral de reavaliação do orçamento deste ano. No projeto de orçamento enviado ao Congresso em 2008, antes da crise, a previsão era de um crescimento de 4,5%. Anteriormente, ao Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), o governo chegou a prever uma expansão de 5%.
Fonte: CP