3,2 milhões de pessoas procuram emprego há 2 anos no país dos pacotes econômicos

Agência Brasil
3,2 milhões de pessoas procuram emprego há 2 anos no país dos pacotes econômicos

Quase 5 milhões de trabalhadores e trabalhadoras desempregados tentam uma vaga há pelo menos um ano. Desânimo atinge 4,7 milhões de pessoas de 14 anos ou mais em todo o Brasil

A taxa de desemprego no 3º trimestre de 2019 se estabilizou em mais de dois dígitos (11,8%) e atinge 12,5 milhões de trabalhadores e trabalhadoras em todo o Brasil, segundo dados divulgados nesta terça-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com a economia estagnada e o governo de Jair Bolsonaro anunciando pacotes econômicos que nada mais são do que medidas de arrocho social e trabalhista que não ajudam a gerar emprego e renda, como mostrou análise do Dieese, o desemprego continua sendo um dos principais problemas do país e o milhões de trabalhadores estão há quase dois anos tentando arranjar um novo emprego.

Quase 5 milhões de desempregados tentam uma vaga há pelo menos um ano
Do total de desempregados no país, 3,2 milhões (25,2% do total) procuravam trabalho há dois anos ou mais e 1,7 milhão (13,6%) entre 1 ano e 2 anos.

Outros 1,8 milhão (14,4%) tentavam uma recolocação no mercado de trabalho há menos de um mês.

Nordeste concentra os piores índices
Os estados nordestinos ignorados pelo governo Bolsonaro porque votaram em massa no candidato do PT, Fernando Haddad, durante as eleições de 2018, lideram o ranking do desemprego, da subutilização da força de trabalho e do desalento.

O Maranhão é o estado que com a maior taxa de subutilização da força de trabalho (41,6%) e com o maior percentual de trabalhadores sem carteira (50,1%).

As maiores taxas de desemprego foram registradas na Bahia (16,8%), Amapá (16,7%), e Pernambuco (15,8%).

A subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 24,0% em todo o país. O Maranhão, com 41,6%, registrou a maior taxa de subutilização, seguido pelo Piauí (41,1%).

O número de desalentados no 3º trimestre de 2019 foi de 4,7 milhões de pessoas de 14 anos ou mais em todo o Brasil. Os maiores contingentes estavam na Bahia (781 mil) e no Maranhão (592 mil).

Já a proporção de empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 26,4%. E o Maranhão, com 50,1%, também lidera esse ranking negativo, seguido pelo Pará (49,9%) e Piauí (49,9%).

Sul lidera dados do exército dos com carteira e com direitos
O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado do país era de 73,6% no 3º trimestre de 2019. O maior percentual estava em Santa Catarina (87,7%), seguido do Paraná (80,8%) e Rio Grande do Sul (81,9%).

Os menores foram registrados no Maranhão (49,9%), Piauí e Pará (ambos com 50,1%).

Bicos se espalham por todo o país
O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria era de 26,0%.

Os maiores percentuais foram registrados no Amapá (36,7%), Pará (35,7%) e Amazonas (33,3%). Já os menores foram no Distrito Federal (20,7%), Mato Grosso do Sul (21,2%) e Santa Catarina (21,7%).

Na comparação trimestral, rendimento permanece estável em 26 das 27 UFs
O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos com 14 anos ou mais de idade foi estimado em R$ 2.298 contra R$ 2.297 em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Entre as unidades da federação, apenas Rondônia apresentou variação (4,8 p. p.), passando de R$ 1.941 no 2° trimestre de 2019 para R$ 2.035 no 3° trimestre. As demais unidades da federação tiveram estabilidade nesse indicador. O maior valor foi registrado no Distrito Federal (R$ 3.887) e o menor no Maranhão (R$ 1.333).

Fonte: CUT Nacional

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