Sindicato e trabalhadores da John Deere de Horizontina realizam ato em apoio aos colegas americanos em greve por melhores condições de trabalho
A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina e Região e trabalhadores da John Deere/Horizontina, maior planta da empresa na América Latina, realizam ato em apoio aos colegas americanos em greve desde o dia 14 de outubro. O ato também conta com apoio da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTM-RS), da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) e da CUT Brasil.
Os trabalhadores americanos reivindicam aumento salarial de 8% e melhores condições de trabalho e aposentadoria. Durante a pandemia o setor não parou de trabalhar e, por muitas vezes, os trabalhadores ainda estiveram sobrecarregados, com excesso de horas extras, pois as fábricas americanas enfrentam falta de mão-de-obra e alta demanda de produção.
No início de outubro, a John Deere US apresentou proposta de 5% de aumento salarial para alguns trabalhadores e 6% para outros. A proposta incluía desconto de 20% referente ao plano de saúde, que até então é pago integralmente pela empresa, já que o país não possui sistema de saúde gratuito; e também pedia o fim do pagamento de horas extras nos dias em que os trabalhadores precisassem exceder as 8h de trabalho.
Com mais de 90% de adesão, os trabalhadores membros da UAW decidiram entrar em greve até que suas exigências sejam atendidas. São mais de 10 mil trabalhadores paralisados em 14 plantas da John Deere nos Estados Unidos, em um momento histórico, já que a última greve ocorreu há 35 anos.
"Por entender que as reinvindicações são justas e merecidas, oferecemos nosso total apoio e suporte aos colegas americanos.", disse o presidente do Sindicato, Jorge Ramos.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina e Região