Sindicato dos Metalúrgicos de Erechim promove palestra sobre violência contra a mulher

Sindicato dos Metalúrgicos de Erechim promove palestra sobre violência contra a mulher

O Sindicato dos Metalúrgicos de Erechim promoveu na última sexta-feira (20), uma palestra sobre a violência contra a mulher, ministrada pela delegada da Delegacia da Mulher de Erechim, Diana Casarin Zanatta. Participaram também as estagiárias em Psicologia da Uri Campus de Erechim, Lúcia Wieczourek e Juciane De Gregori. A palestra ministrada por elas, intitulada ‘Um olhar sobre a violência doméstica’, em uma abordagem interdisciplinar, abordou sobre as leis de proteção à mulher e a criação da Lei Maria da Penha, e psicologicamente como ficam as mulheres que passam por isso e como agem os parceiros depois da agressão.
A delegada revelou que recentemente foi realizada uma pesquisa, em todos os municípios do RS, que apontou Erechim figurando como o primeiro da lista em casos de agressão contra mulheres do Estado. Em Erechim são registrados por mês em torno de 250 a 300 casos. “ Talvez isso demonstre que aqui as mulheres estão melhor informadas e procurem logo seus direitos registrando o caso na Delegacia da Mulher”, disse a delegada.
As estagiárias alertaram que geralmente após a primeira agressão física, depois de muita violência psicológica, os parceiros se arrependem profundamente e o casal passa a viver no chamado Ciclo da Lua de Mel, quando os agressores voltam a ser como eram no início do relacionamento, carinhosos, amorosos, muitos até param de ingerir bebidas de álcool por um tempo. Este ciclo pode durar de uma semana até um mês, mas em 99% dos casos eles voltam a ser agressivos com suas parceiras. É durante o Ciclo da Lua de Mel, segundo a delegada, que muitas mulheres acabam retirando suas queixas da delegacia, pois acreditam que aquela agressão foi um lapso e que nunca mais acontecerá.
Para a delegada Diana, atividades como a proporcionada pelo Sindicato dos Metalúrgicos são de grande importância para as mulheres e para a sociedade, pois é preciso que elas tenham conhecimento, sejam orientadas para poder agir de maneira diferente e dar um basta na violência física e psicológica que muitas sofrem por anos sem se dar conta.


Fonte: Texto e foto: Paola Seibt

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