Preços dos alimentos disparam e inflação de outubro é maior alta desde 2002

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Preços dos alimentos disparam e inflação de outubro é maior alta desde 2002

As altas nos preços dos alimentos e das passagens aéreas pressionaram a inflação que acelerou para 0,86% em outubro, o maior resultado para o mês desde 2002, quando o indicador foi de 1,31%.

Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foram divulgados nesta sexta-feira (6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Inflação acumulada

No ano, a inflação acumula alta de 2,22% e, em 12 meses, de 3,92%, acima dos 3,14% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2019, o indicador havia ficado em 0,10%.

O que mais subiu

Os preços que mais subiram em outubro foram os do arroz (13,36%), e do óleo de soja, que subiu 17,44% – no mês anterior os aumentos foram de 17,98% e 27,54%, respectivamente.

Também foram reajustados os preços do tomate (18,69%), frutas (2,59%) e batata-inglesa (17,01%). As carnes subiram 4,25%. Já o preço da cebola caiu -12,57%, o da cenoura (-6,36%) e do alho (-2,65%).

“Todos esses itens têm contribuído para alta sustentada dos preços dos alimentos, que foram de longe o maior impacto no índice do mês”, afirma o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

Também aumentaram os preços no setor de transportes, mas em menor medida, com 1,19%, e impacto de 0,24 ponto porcentual no resultado. Artigos de residência, 1,53%, com impacto de 0,06 p.p., e seguro voluntário de veículo, 2,21%. Este em particular registra um cenário diferente, já que vinha de sete meses de quedas.

“A alta nas passagens aéreas parece estar relacionada à demanda, já que com a flexibilização do distanciamento social, algumas pessoas voltaram a utilizar o serviço, o que impacta a política de preços das companhias aéreas”, explica Pedro Kislanov, lembrando que os preços das passagens foram coletados em agosto para quem ia viajar em outubro.

A segunda maior contribuição nos transportes (0,04 p.p.) foi da gasolina, cujos preços subiram 0,85%, desacelerando em relação à alta de 1,95% observada no mês anterior.

Preços subiram em todas as regiões do país

A alta dos preços foi generalizada em todas as 16 regiões pesquisadas pelo IBGE. O maior resultado ficou com o município de Rio Branco (AC), com 1,37%, devido às carnes (9,24%) e ao arroz (15,44%). Já o menor índice ficou com a região metropolitana de Salvador, na Bahia, (0,45%), influenciado pela queda nos preços da gasolina (-2,32%).

 

 

Fonte: CUT Nacional com informações da Agência IBGE

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