PIB avança 0,9% no terceiro trimestre

Marcelo Casal Jr (Agência Brasil)
PIB avança 0,9% no terceiro trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,9% no terceiro trimestre. Os setores de Serviços e Indústria foram os principais contribuintes para a elevação da taxa, respectivamente, cada um apresentou aumento de 0,9% e 0,6%. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado nesta terça-feira (3), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano até setembro, o PIB cresceu 3,3%, enquanto nos últimos quatro trimestres, a alta foi de 3,1%. Em comparação, entre trimestre iguais, o de 2024 apresentou crescimento de 4% frente ao de 2023.

Segundo o governo federal, é a 15ª alta consecutiva nesta base de comparação. “Continuamos com o PIB crescendo e criando mais emprego e renda na mão dos brasileiros”, postou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu perfil nas redes sociais.

“O crescimento do PIB até setembro, em 3,3%, portanto acima das expectativas, mostra que o país está produzindo cada vez mais, gerando renda e emprego. Com medidas que promovam o equilíbrio das contas públicas, vamos fortalecer a economia e garantir que as conquistas perdurem”, destacou a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

Nesse mesmo período, a Agropecuária recuou 0,9%. O setor gerou, em valores correntes, R$ 3 trilhões. Os Serviços, setor com maior peso no PIB, avançaram na comparação com o mesmo período do ano passado, com destaque para a alta de “Informação e comunicação” (7,8%) e “Outras atividades de serviços” (6,4%).

Cresceram também as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,1%), Comércio (3,9%), Atividades imobiliárias (3,1%), Transporte, armazenagem e correio (2,5%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,7%).

A Indústria cresceu 3,6%, com destaque para “Construção” (5,7%), corroborado tanto pela alta da ocupação como da produção dos insumos típicos dessa atividade. As “Indústrias de transformação” (4,2%) obtiveram expansão, influenciada, principalmente, pela fabricação de veículos automotores; outros equipamentos de transporte; móveis e produtos químicos.A “Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos” cresceu 3,7%, favorecida pelo maior consumo de eletricidade, apesar das bandeiras tarifárias mais desfavoráveis. Houve queda apenas nas Indústrias extrativas (-1,0%) devido à queda da extração de petróleo e gás.

No terceiro trimestre de 2024, a Despesa de Consumo das Famílias cresceu (5,5%) pelo décimo quarto trimestre consecutivo. O resultado foi influenciado, principalmente, pelos programas governamentais e melhora no mercado de trabalho. A Despesa de Consumo do Governo cresceu 1,3% no período.

PIB segue em crescimento

Além do IBGE, o Banco Central também aponta para o crescimento da economia desde o meio do ano.

Na passagem de julho para agosto, o IBC-Br apontou um crescimento de 0,2% na economia brasileira. Os dados são dessazonalizados, ou seja, são retiradas variações que acontecem em determinados momentos do ano.

Os dados do IBC-Br mostram ainda que, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o índice teve alta de 5,1% em setembro.

Ainda de acordo com o BC, a atividade econômica do Brasil apresentou alta de 1,1% no período compreendido entre julho e setembro deste ano. Na comparação com o mesmo trimestre de 2023, a alta registrada foi de 4,7%.

No acumulado em 12 meses o índice apresentou um avanço de 3%. No ano, o índice já acumula alta de 3,3%.

O IBC-Br é visto como uma prévia do Produto Interno Bruto, que é calculado oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice acompanha mês a mês a atividade econômica e antecipa possíveis pressões inflacionárias.

No segundo trimestre, entre abril e junho, a economia brasileira expandiu 1,4% na comparação com o primeiro trimestre deste ano.


Fonte: TVT News

Pesquisar

FTMRS