Os juros sobem, o investimento diminui e o país paralisa
O Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central decidiu por unanimidade, aumentar em 0,5% a taxa Selic, passando de 10,75% para 11,25%. A justificativa para mais esse aumento foi a instabilidade internacional e o resultado das eleições dos Estados Unidos da América (EUA). A verdade precisa ser dita, os endinheirados utilizam qualquer subterfúgio para encobrir o saque no orçamento público e impedir que o Brasil seja um país desenvolvido e soberano.
Juros altos significam aumento no custo do dinheiro para as famílias, empresas e para quem precisa de empréstimo, mas não consegue pagar. Além disso, a política de juros altos exige mais recursos do orçamento público para custeio da dívida pública. Isso explica a pressão que o governo federal está sofrendo para realizar cortes orçamentários. Segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a elevação de 0,5 na taxa Selic aumentará em R$ 26 bilhões os gastos da União com os juros dos títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional.
As entidades sindicais que compõem o Macrossetor da Indústria da CUT/RS, que lutam pela recuperação da nossa indústria e pela valorização do trabalho, repudiam veementemente a elevação dos juros. Por fim, se posiciona contra a famigerada autonomia do Banco Central, que nada mais é do que o controle absoluto do mercado financeiro sobre os rumos da nossa economia.
Porto Alegre, 7 de novembro de 2024
Assinam:
Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS
Federação da Alimentação do RS
Federação Democrática dos Sapateiros
Sindicato da Construção Civil e Mobiliário de Bento Gonçalves
SINDIPOLO - Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica de Triunfo
SINDIPETRO - Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul
SINPACEL/RS - Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Celulose e Papel