Mulheres metalúrgicas se unem para fortalecer a luta

Vívian Gamba
Mulheres metalúrgicas se unem para fortalecer a luta
Encontro reuniu dirigentes de todo o RS

A integração para o fortalecimento da luta sindical é o objetivo das mulheres metalúrgicas reunidas nesta sexta-feira, em Porto Alegre, na Federação dos Metalúrgicos do RS (FTMRS) no IV Encontro Estadual de Dirigentes Metalúrgicas do Rio Grande do Sul. De acordo com a secretária de Mulheres CNM/CUT, Marli de Melo Nascimento, essa é uma oportunidade para começar a concretizar algumas das resoluções retiradas do Congresso da categoria realizado em abril. “Os coletivos de mulheres da Federação e dos sindicatos nos ajudam a disseminar essas políticas. Uma das resoluções é que a CNM empodere os coletivos, para que as mulheres possam ter mais formação e visibilidade, para compartilhar das nossas políticas e assim colocá-las em prática. Uma das propostas é que a gente faça encontros itinerantes, para que as mulheres de diferentes estados e regiões compartilhem experiências e nos ajudem a construir novas propostas.”

A Secretária Estadual da CUT, Isis Marques, alerta que as dirigentes sindicais precisam saber que são representantes de todas as mulheres metalúrgicas que estão nesse mercado. “Devemos ter consciência de que somos tão liderança quanto os homens, que temos que ocupar esse espaço e criar essa identidade com as mulheres trabalhadoras. Se elas não nos enxergarem como condutoras desse processo, não vamos conseguir fortalecer a rede. Nosso papel é fazer com que sejamos vistas e respeitadas enquanto liderança. Segundo a dirigente, o caminho a percorrer é grande. “Lidamos com machismo velado. Os homens acham que nos valorizam, contanto que a gente esteja servindo eles. Quando nos colocamos em pé de igualdade, a diferença de gêneros é gritante.”

A coordenadora do grupo de mulheres da FTMRS, Arlete de Oliveira Febbe, diz que o encontro oportuniza também que as mulheres metalúrgicas de todo o Estado, em especial as do interior, possam conhecer o coletivo. “A gente quer trazer essas mulheres para conhecer esse grupo, fazer a integração de todas essas dirigentes e mesclar as nossas ideias de trabalho com as da CNM para fazer um plano de ação.”

Para o presidente da FTMRS, Jairo Carneiro, a luta das mulheres é centenária e esse encontro significa que a busca pelo reposicionamento de 50% da população. “As mulheres têm que estar na liderança de 50% de tudo o que compete à sociedade. Temos que tratar desse assunto com muita seriedade, pela sua importância e porque, sem as mulheres, não será possível avançar na luta dos trabalhadores.”

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