Mulheres da CUT e de movimentos de defesa realizam ato contra Bolsonaro

As mulheres da CUT e de movimentos de defesa das mulheres de todo o Brasil realizam nesta quarta-feira (17), a partir das 14h, na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), ato contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que em sessão plenária no dia 9 deste mês disse que só não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque "ela não merece”. No dia seguinte, ele reafirmou a declaração em entrevista ao jornal Zero Hora.

Nesta terça-feira (16), a deputada protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma queixa-crime por injúria e calúnia contra Bolsonaro. Segundo a parlamentar, Bolsonaro fez declarações de teor ameaçador e incitou a violência.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados também instaurou ontem processo de cassação do deputado. Segundo o presidente do colegiado, Ricardo Izar (PSD-SP), o relator do caso será definido nesta quarta-feira (17) em sorteio entre os deputados Ronaldo Benedet (PMDB-SC), Marcos Rogério (PDT-RO) e Rosane Ferreira (PV-PR).

As representantes das mulheres que participam do ato exigem a cassação do mandato e a condenação judicial do deputado pelo crime que ele cometeu no plenário. “Foi incitação e apologia ao crime de estupro. Não descansaremos enquanto ele não perder o mandato e for punido pela Justiça”, diz Carmen Foro, vice-presidente da CUT e uma das organizadoras do protesto.

Segundo Carmen, o ato desta quarta-feira é o primeiro de uma série que as mulheres farão para conscientizar a sociedade, pressionar os deputados de todos os partidos e a Justiça para que punam exemplarmente crimes como este cometido na chamada Casa do Povo.

”A nossa luta é no Congresso e na Justiça porque não basta cassar os direitos políticos. Queremos que ele seja responsabilizado criminalmente e, por isso, estamos entrando com uma representação no Ministério Público Federal pedindo que abra um processo criminal contra este deputado”, afirma a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane Silva.

Participam da manifestação, além da CUT, representantes da Marcha das Margaridas (MM), Fórum de Mulheres do DF, Movimento Mulheres em Luta, Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), União Nacional dos Estudantes (UNE), União de Mulheres Brasileiras (UBM) e a Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN).

Fonte: Rede Brasil Atual

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